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Dólar explode e chega a R$ 5,90

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O dólar à vista até ensaiou um leve movimento de alívio nesta quarta-feira (13). Mas, considerando o ambiente de cautela elevada no Brasil e no exterior, o mercado de câmbio rapidamente cedeu à aversão ao risco — e, como resultado, a moeda americana já chegou a novos recordes.

Há pouco, o dólar à vista tocou os R$ 5,9017, em alta de 0,56% — é a primeira vez na história que a divisa ultrapassa a marca de R$ 5,90. Por volta de 11h00, a valorização diminuiu um pouco: agora, os ganhos são de 0,51%, a R$ 5,8987.

Na bolsa, no entanto, o tom ainda é de relativa tranquilidade: o Ibovespa opera em alta de 0,86%, aos 78.544,12 pontos, e destoa do exterior — lá fora, tanto as bolsas da Europa quanto as dos EUA caem em bloco.

No exterior, dados econômicos desanimadores vindos da Europa contribuem para diminuir a confiança dos agentes financeiros. O PIB do Reino Unido recuou 2% no primeiro trimestre e a produção industrial da zona do euro teve baixa de 11% em março, mostrando o forte impacto do surto de coronavírus sobre a atividade do velho continente.

Nos Estados Unidos, o panorama também é mais defensivo: o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Jerome Powell, disse que mais estímulos monetários podem ser necessários para dar suporte à economia americana e admitiu que há ‘pressões negativas’ à atividade, o que elevou a prudência entre os investidores.

E, como pano de fundo para todo esse cenário, ainda há o temor de que a reabertura econômica da Europa e dos EUA possa estar sendo feita de maneira antecipada. Essa leitura ganhou força com o surgimento de novos casos da doença na China e em outros países asiáticos, o que eleva a tensão quanto a uma segunda onda da Covid-19 na região.

O Ibovespa, contudo, parece aproveitar fatores técnicos para nadar contra a maré. A bolsa brasileira vem de uma sequência de duas baixas consecutivas, acumulando perdas de quase 3% no período — ontem, o índice fechou aos 77.871,95 pontos, o menor nível de encerramento desde 24 de abril.

Assim, os investidores aproveitam os níveis mais baixos de preço para recompor suas posições no mercado acionário, mesmo com o tom mais cauteloso visto no exterior e o cenário político doméstico ainda tumultuado.

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