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André Brandão renuncia ao cargo de CEO do Banco do Brasil

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O atual presidente do Banco do Brasil (BBAS3)André Brandão, entregou pedido de renúncia do cargo, segundo fato relevante divulgado pelo banco estatal neste fim de tarde de quinta-feira, 18. Ele continuará no comando até 31 de março.

As ações do banco recuam 21,6% neste ano, uma queda acima de seus pares, como reflexo da perda de confiança de investidores com os sinais do governo do presidente Jair Bolsonaro de buscar uma gestão mais alinhada aos interesses políticos.

O substituto será definido pelo presidente Bolsonaro, mas precisará passar pelo processo formal de indicação por meio do conselho de administração do banco. O escolhido deve ser Fausto de Andrade Ribeiro, atual CEO do BB Consórcios, segundo informações da Folha de S. Paulo.

Será o terceiro presidente do banco estatal em cerca de oito meses: Brandão assumiu em agosto do ano passado em substituição a Rubem Novaes, que pediu demissão insatisfeito com o congelamento dos planos de privatização do BB.

O pedido de saída de Brandão, se consumado, deve agravar a crise de confiança de investidores em estatais. Há um mês, Bolsonaro anunciou a demissão do presidente da Petrobras (PETR3; PETR4)Roberto Castello Branco, por discordar da política de preços de combustíveis da petrolífera e da postura de independência demonstrada pelo executivo.

O presidente da República indicou o general Joaquim Silva e Luna para o comando da Petrobras, em processo que está ainda em andamento.

André Brandão, por sua vez, estava sob pressão de Bolsonaro desde o início do ano, quando o banco anunciou um plano de reorganização que prevê o fechamento de 112 agências bancárias e um programa de demissão voluntária com adesão estimada de 5.000 funcionários. O plano teve grande repercussão negativa entre políticos.

Na ocasião, foi necessário que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, intercedessem, para que Brandão continuasse.

No início do mês, rumores davam conta de que o executivo egresso do setor privado — ele ocupou o cargo de CEO do HSBC Brasil antes de assumir o BB — estava disposto a pedir demissão, mas nada foi confirmado. Fontes de dentro do banco diziam que a informação havia sido plantada para pressionar o executivo e criar um fato consumado.

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