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Venda de frango aos árabes cresce 7%

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A venda de frango brasileiro aos países da Liga Árabe cresceu 7,56% no primeiro semestre, gerando receita de US$ 1,11 bilhão, segundo informa a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. 

Para a entidade, o aumento é reflexo da recuperação econômica dos países árabes, principalmente as nações do Golfo, onde a vacinação está mais avançada e se registram os maiores aumentos de atividade econômica no período. 

“Como reflexo do aquecimento econômico, estamos vendo, por exemplo, um esboço de retomada no turismo de escala em Dubai, Abu Dhabi e Doha, no turismo religioso na Arábia Saudita, e na movimentação de pessoas em função da Expo 2020, mantida para o segundo semestre em Dubai. Todos esses fatores vêm puxando a demanda por alimento”, analisa o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour. 

As vendas cresceram até para a Arábia Saudita, o maior mercado para o frango brasileiro na Liga Árabe, apesar de o país ter desabilitado recentemente 11 plantas frigoríficas de aves no Brasil para reservar mercado ao frango local. 

Os embarques para o reino cresceram 12,54% no primeiro semestre (230,48 mil toneladas). Já as receitas aumentaram 29,23% (US﹩ 397,53 milhões). 

O reforço nas compras é creditado por Mansour à formação de estoques para garantir o abastecimento, já que o país deve comprar menos frango do Brasil nos próximos meses, priorizando o produto doméstico. 

Apesar do aumento nas receitas nas vendas de frango para a Liga Árabe, os embarques volumétricos do produto para a região ainda seguem abaixo dos níveis pré-pandemia. 

No primeiro semestre do ano, o Brasil embarcou para os 22 países da organização um total de 693,68 mil toneladas de frango, volume 4,55% menor sobre a primeira metade de 2020 (726,74 mil toneladas), e abaixo das 782,77 mil toneladas enviadas no mesmo período de 2019, no cenário de pré-pandemia. 

Ainda segundo a entidade, os árabes seguem ampliando as compras de grãos. As vendas de soja brasileira para o bloco cresceram 62,15% em receita (US﹩ 468,31 milhões) e 26,24% em volume (1080,29 mil de toneladas) no primeiro semestre de 2021. 

No milho, o avanço foi de 120,18% em receita (US﹩ 220,85 milhões) e em volume, 91,67% (1089,66 mil toneladas). 

“Este é um sinal de que os árabes estão buscando substituir importações e estruturar cadeias de alimentos funcionais, razão pela qual esperamos ver no futuro um aumento expressivo nas vendas de tecnologias brasileiras do agronegócio para toda Liga Árabe”, avalia Mansour. 

Íntegra dos dados: 

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