“Dra. estou com labirintite”, esse é um relato muito comum no consultório principalmente na população adulta e por isso, no artigo de hoje, gostaria de orientar sobre as causas de tontura.
É importante destacar que esse sintoma comum, pode acometer crianças, adultos e principalmente idosos.
O sintoma de vertigem ou tontura, termo mais conhecido, consiste em um sintoma que gera sensação de movimento transitório, que causa muito desconforto e pode estar associado a outros sintomas como cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual, perda de força.
A labirintite (neurite vestibular) não é a causa mais comum dos distúrbios do equilíbrio, consiste na inflamação do órgão do equilíbrio, o labirinto, geralmente decorrente de um quadro de resfriado comum.
O primeiro passo e mais importante na avaliação da queixa de tontura, é a diferenciação das causas centrais e periféricas.
Entre as causas neurologicas, aproximadamente 20% das causas, identificamos acidente vascular cerebral (AVC), lesões neoplásicas cerebrais, malformações, trauma crânio encefálico (TCE) e outras.
As causas periféricas, são responsáveis por aproximadamente 80% das causas, com destaque as labirintopatias, causas metabólicas (alterações da glicemia, pressão e tireoide), causas cervicais e ATM, VPPB (vertigem posicional paroxística benigna) , causas infecciosas ou Síndrome de Meniere.
O diagnóstico é essencialmente clinico , porém a depender da apresentação poderá ser necessária a solicitação de exames de imagem, laboratoriais ou funcionamento do labirinto.
Para um tratamento ideal e melhora dos sintomas, faz-se necessário uma pesquisa minuciosa para identificar particularidades da queixa.
E para uma orientação final: não deixe de buscar avaliação precoce, pois esse sintoma pode comportar-se muitas vezes como um sinal de alarme de quadros com grandes repercussões.