O presidente americano, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, delinearam uma visão para as relações entre os Estados Unidos e o Reino Unido centrada na promoção da democracia e no combate à influência de estados autocráticos durante a primeira reunião pessoal entre os dois nesta quinta-feira.
Os líderes concordaram em um documento abrangente que traça um caminho a partir de uma pandemia que matou milhões, enquanto o vírus continua se espalhando em algumas partes do mundo. O texto defende investimentos em ciência e tecnologia, esforços renovados para lidar com as mudanças climáticas e melhores defesas contra ameaças globais à saúde.
O documento de duas páginas – apelidado de “Carta do Atlântico”, em referência à declaração conjunta feita pelo então primeiro-ministro Winston Churchill e o presidente Franklin D. Roosevelt em 1941, quando eles estabeleceram sua abordagem para um mundo pós-Segunda Guerra Mundial – inclui poucos compromissos de política específicos. Em vez disso, estabelece princípios gerais para os países.
“Devemos garantir que as democracias – começando com a nossa – possam resolver os desafios críticos de nosso tempo”, declara a carta. “Vamos defender a transparência, defender o estado de direito e apoiar a sociedade civil e a mídia independente”.
O documento não menciona a Rússia ou a China, mas autoridades americanas disseram que a rivalidade com os dois países foi fundamental para o esforço de Biden de construir uma coalizão informal de nações democráticas para resistir a tudo, desde as tentativas russas de interferir nas eleições ao expansionismo chinês.