O governo de Singapura anunciou nesta terça-feira, 9, que não vai mais arcar com os custos médicos por covid-19 de pessoas que não se vacinarem contra a doença por opção.
Com o fim do atendimento gratuito, o ministério da Saúde do país acredita que enviará uma mensagem importante para a população. “Uma maioria considerável daqueles que requerem cuidados intensivos de internação e contribuem de forma desproporcional para o desgaste de nossos recursos de saúde”, disseram as autoridades de saúde do país do sudeste asiático. A cobrança começará no dia 8 de dezembro.
Atualmente, todos os gastos médicos de pessoas com a doença são pagos pelo governo, de moradores permanentes e de quem tem visto de longa duração — exceto de quem é diagnosticado com covid-19 logo após voltar do exterior.
Em outubro, o país começou o relaxamento de medidas restritivas. O aumento de infecções interrompeu a reabertura e novos limites foram estabelecidos para conter a propagação do vírus e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde do país. O ministério da saúde local informou que 67 pessoas com covid-19 estão internadas na UTI em estado grave.
O território com 5,5 milhões de habitantes enfrenta o pior momento desde o inicio da pandemia, com média diária de 2.600 casos e 12 mortes. No total, o pais teve 220 mil infectados e 511 óbitos.
A cidade-estado vai continuar pagando os custos de quem não pode tomar a vacina contra covid-19 — como as crianças — e dos parcialmente vacinados até 31 de dezembro, dando tempo para que tomem a segunda dose.
Singapura tem uma das maiores taxas de vacinação do mundo, com 85% da população elegível totalmente vacinada.
O sistema de saúde de Singapura é considerado um dos melhores do mundo. Um estudo de 2017 na principal revista médica do mundo, a The Lancet, mostrou que Singapura ficou em primeiro lugar entre 188 países nos esforços para cumprir as metas de desenvolvimento sustentável relacionadas à saúde estabelecidas pelas Nações Unidas para 2030.