Secretário de Trump defende “consertar” o Brasil ao comentar tarifas
O secretário de Comércio do governo do ex-presidente Donald Trump, Howard Lutnick, citou o Brasil entre os países que, segundo ele, “prejudicam” os Estados Unidos, ao comentar sobre novas diretrizes de política comercial americana em entrevista à emissora NewsNation, veiculada no último sábado (27).
Durante a conversa, Lutnick afirmou que é necessário “consertar” relações comerciais com países como Suíça, Brasil e Índia, alegando que essas nações adotam práticas que impactam negativamente a economia norte-americana.
“Temos vários países para consertar, como Suíça, Brasil — que têm um problema — e Índia. Esses países precisam reagir corretamente à América. Abrir seus mercados e parar de tomar atitudes que prejudiquem a América”, declarou.
A fala ocorre em meio à nova rodada de tarifas comerciais anunciadas por Trump, que incluem produtos farmacêuticos, caminhões pesados, móveis e itens domésticos como armários e gabinetes. A Suíça, por exemplo, já está entre os países diretamente afetados.
📈 Brasil na mira, mas com espaço para diálogo
No caso do Brasil, Lutnick sinalizou que existe espaço para negociação, embora tenha reforçado que o país precisa “entender as regras” se quiser manter acesso ao mercado norte-americano.
“Se quiser vender para o consumidor norte-americano, tem que jogar bola com o presidente dos EUA”, disse.
A declaração acontece no contexto de um possível diálogo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump, após um rápido encontro entre os dois líderes durante a Assembleia Geral da ONU, na última semana. Interlocutores do governo brasileiro indicam que uma conversa oficial, por telefone ou videoconferência, está sendo articulada.
⏳ “Será resolvido com o tempo”, diz Lutnick
Apesar do tom firme, Lutnick encerrou a entrevista com uma perspectiva mais diplomática em relação ao Brasil:
“A situação com o Brasil será resolvida com o tempo”, afirmou o secretário.
📌 Contexto
O ex-presidente Donald Trump, pré-candidato às eleições de 2026, tem reforçado sua plataforma protecionista com foco em tarifas para proteger o mercado interno. Analistas apontam que sua postura pode intensificar tensões comerciais com países em desenvolvimento, como o Brasil, que têm forte presença no mercado agroexportador e industrial.
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