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Safra de milho é projetada com alta de 30%

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As lavouras de milho nesta primeira safra estão em fase final de implantação nas principais regiões produtoras. Ao fim de 2021, quase 90% dos 4.511 mil hectares previstos para semeadura do cereal no ciclo já estavam plantados. Os dados são do 4º Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A estimativa indica acréscimo de área em comparação ao valor verificado na temporada passada, favorecido, principalmente, pelos bons preços pagos no grão atualmente. De maneira geral, as lavouras já implantadas seguem em pleno desenvolvimento e, na maioria das localidades, as condições climáticas são benéficas à cultura.

A grande exceção dá-se em áreas produtoras na Região Sul, que vêm registrando períodos prolongados de estiagem ou baixos níveis pluviométricos, principalmente, entre novembro e dezembro de 2021, impactando a evolução fenológica das plantas e podendo comprometer o potencial produtivo da cultura. Até o momento, a produtividade nacional média está estimada em 5.495 kg/ha, indicando, neste levantamento, decréscimo do rendimento médio em comparação com a safra 2020/21.

Em relação a todo ciclo 2021/22, incluindo as três safras do grão, a projeção é de que o país alcance 112.901,9 milhões de toneladas, acréscimo de 29,7% em relação a safra passada. A área plantada deverá somar 20.943,7 milhões de hectares, alta de 5,1%. A produtividade média deve ser de 5.391 kg/ha, avanço de 23,4%. A Companhia espera uma redução de 3,4% na produtividade da primeira safra de milho em curso comparada com a primeira safra de milho em 2021.

Oferta e demanda

Para a safra 2020/21, com janeiro de 2022 sendo o último mês do calendário comercial, a Conab reavalia sua nova expectativa de produção de milho. É esperado uma produção total de 87 milhões de toneladas, ou seja, uma redução de 15,1% em relação à safra 2019/20. Esse ajuste ocorre diante da constatação em campo de uma significativa redução de produtividade daquela safra.

Em relação aos dados de demanda doméstica, a companhia acredita que 71,9 milhões de toneladas serão consumidas no ano safra 2020/21, aumento de 4,8%, comparado a 2019/20, a projeção é sustentada pelo desempenho das exportações da indústria de proteína animal e do aumento do consumo de milho destinado à produção de etanol. Desse modo, a Conab espera que esses setores permanecerão em crescimento e, assim, 76,8 milhões de toneladas deverão ser demandadas internamente ao longo da safra 2021/22.

Além disso, foi elevada a projeção de importação de milho para 3,2 milhões de toneladas da safra 2020/21, diante da observação de maior volume em desembaraço aduaneiro nos portos e a necessidade de abastecimento nacional posto à possibilidade da produção de milho durante a primeira safra de 2022 inferior ao esperado. Diante desta maior necessidade de abastecimento, a Conab projeta um volume de importação de 1,3 milhão de toneladas para a safra 2021/22.

Para as exportações, espera-se que um volume de 20 milhões de toneladas de milho da safra 2020/21 serão exportadas, o montante projetado sustenta-se na observação da programação de embarques de grãos registrada nos portos brasileiros. Para a safra 2021/22, diante do aumento da produção e de uma moeda doméstica desvalorizada, a Conab estima que 36,7 milhões de toneladas serão exportadas. Diante dos ajustes apresentados, o estoque esperado ao fim do ano safra 2020/21 é de 8,8 milhões de toneladas, redução de 17% em comparação à safra imediatamente anterior.

Esse arranjo é explicado, principalmente, pela redução da produção total de milho causada pela menor disponibilidade hídrica durante o desenvolvimento das lavouras de segunda safra. Por outro lado, para a safra 2021/22, o estoque final deverá ser de 9,6 milhões de toneladas, valor 8,7% superior ao esperado para a safra 2020/2021.

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