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Remédio reduz mortes de diabéticos com covid-19 em estudo

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Um remédio para diabetes tipo 2 se mostrou eficaz para reduzir o risco de morte de pacientes diabéticos com covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. A descoberta pode levar a tratamentos para reduzir a letalidade do vírus, que já tirou 1 milhão de vidas no mundo, sendo mais de 140 mil no Brasil em menos de um ano.

O estudo foi realizado em sete hospitais na Itália com 338 participantes, que foram divididos em dois grupos e receberam insulina ou insulina junto com a droga sitagliptina.

Os resultados da pesquisa mostraram que os pacientes que receberam a sitagliptina tiveram a taxa de mortalidade da covid-19 reduzida. Enquanto o grupo que recebeu apenas a insulina teve letalidade de 37%, o grupo que recebeu a sitagliptina junto com a insulina teve 18%.

A droga para diabetes tipo 2 tornou os pacientes mais propensos a ter uma redução de dois pontos na escala de gravidade da covid-19, que vai até 7. Enquanto o grupo de controle, que não recebeu o medicamento, teve 34% de queda nesse ranking, 52% dos pacientes que tomaram a sitagliptina tiveram tal melhora no quadro de saúde.

“Achamos que é razoável tentar usar a sitagliptina se um paciente for admitido no hospital com diabetes tipo 2 e covid-19”, disse Paolo Fiorina, pesquisador de diabetes afiliado à divisão de nefrologia do Boston Children’s e da Universidade de Milão. “Estou animado com nossas descobertas, porque ainda temos muito poucas opções terapêuticas para os muitos pacientes diabéticos afetados por covid-19.”

Os diabéticos fazem parte do grupo de risco da covid-19, junto a idosos, obesos e hipertensos.

Vale notar que a conclusão do estudo não mostra uma resposta definitiva para o tratamento de pacientes diabéticos com covid-19. Mas o estudo é um avanço no entendimento do tratamento de pessoas com as duas condições de saúde. O próximo passo dos pesquisadores é confirmar a descoberta em um teste com um grupo que receberá um placebo.

Para grupos mais amplos de pacientes, pesquisadores estão investigando a vitamina D e anti-inflamatórios contra a covid-19.

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