Quais cargos estão mais sobrecarregados e estressados na pandemia?
Se o nível de estresse na pandemia fosse uma competição (onde todos saem perdendo), os diretores sairiam na frente: segundo pesquisa da startup Pulses, 40% dos profissionais ocupando esse cargo relataram que sentem muito estresse.
A pesquisa da startup foi disponibilizada de forma gratuita para avaliar o sentimento de funcionários sobre o home office e a retomada de atividades presenciais. Com 84 empresas participantes e mais de 7.600 respondentes, eles criaram um Termômetro do Novo Normal.
E perceberam uma realidade preocupante: a alta liderança está mais estressada, mais sobrecarregada e com menos equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho.
“Além de lidar com processos, estruturas, clima organizacional e saúde dos colaboradores, os gestores também precisaram se reinventar e incorporar as recomendações sanitárias impostas, com os cuidados necessários de si e de sua família”, explica Beth Navas, co-fundadora e especialista em People Science da Pulses.
A pandemia foi um desafio para a saúde mental e soou o alarme para o problema dentro das empresas. Com os funcionários afastados e a ameaça do coronavírus, a área de Recursos Humanos teve que se utilizar de pesquisas frequentes para entender como estava o clima, saúde e bem-estar da empresa.
E essas pesquisas, como o termômetro criado pela Pulses, revelaram as angústias, ansiedades e incertezas que tiram a paz dos profissionais.
O lado positivo é que a nova forma de ouvir os funcionários também fornece dados detalhados para atacar os problemas na raiz e oferecer uma experiência melhor a eles.
O conceito de ‘experiência’ não é novo nas empresas. Há décadas elas investem na experiência dos clientes com seus produtos e serviços. O employee nasce daí. Só que, em vez de olhar para quem está fora da organização, aqui estamos olhando para dentro”, conta Frederico Lacerda, fundador da startup paulistana Pin People, dedicada à tecnologia para medir a satisfação da mão de obra da empresa.