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Preço alto de grãos pode persistir por anos, segundo Goldaman Sachs

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Secas, problemas na cadeia de suprimentos, escassez de mão de obra e aumento da demanda elevaram os preços dos alimentos.

O aumento nos preços de grãos que elevou a inflação global de alimentos às máximas em uma década pode persistir em meio a um superciclo de commodities de vários anos, segundo o Goldman Sachs.

Jeff Currie, chefe global de pesquisa de commodities do banco, reiterou a visão de que as commodities caminham para um superciclo com potencial de durar uma década. Os ganhos nos preços de metais e grãos provavelmente serão “mais rígidos e de longo prazo”, disse ele em entrevista à Bloomberg TV nesta quarta-feira.

Secas, problemas na cadeia de suprimentos, escassez de mão de obra e aumento da demanda elevaram os preços dos alimentos em todo o mundo em cerca de um quarto no ano passado.

Embora o índice das Nações Unidas que acompanha os preços mundiais dos alimentos tenha recuado em dezembro, estes permanecem perto de seu recorde histórico de 2011.

As preocupações com o clima ainda são abundantes para os principais fornecedores agrícolas à medida que o fenômeno La Niña interrompe as condições típicas de cultivo.

A seca em algumas partes do Brasil e da Argentina está reduzindo as expectativas de colheitas abundantes de soja e milho. Os preços dos grãos podem subir ainda mais, embora não muito este ano, de acordo com Currie.

“Os estoques de trigo e milho não são tão críticos quanto os de gás e petróleo”, disse Currie. “No entanto, a colheita na América Latina parece decepcionante, o que significa que, à medida que avançamos para o final do ano, o colchão pode ser eliminado”

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