Além dos problemas causados pelo acúmulo de lixo, a prefeitura de Natividade estaria recorrendo à queima dos resíduos como uma medida para diminuir o volume de lixo depositado no local o que se configura num crime ambiental
Os moradores de Natividade denunciam a situação precária do lixão a céu aberto que tem gerando inúmeros transtornos para a população. Segundo relatos de pessoas que vivem próximas ao local, além do mau cheiro intenso, há a presença de diferentes tipos de resíduos descartados de forma inadequada, inclusive carcaças de animais. A situação tem gerado revolta entre os moradores, que reivindicam ações efetivas por parte da administração municipal.
Além dos problemas causados pelo acúmulo de lixo, a prefeitura de Natividade estaria recorrendo à queima de parte dos resíduos como uma medida para diminuir o volume de lixo depositado no local o que se configura num crime ambiental. De acordo com as denúncias dos moradores, essa prática tem sido freqüente, gerando preocupação com os impactos ambientais e de saúde pública.
Segundo o vereador Joaquim Lino Suarte, o atual prefeito Dr. Thiago, na campanha de 2020, dizia que sua família iria doar uma área para construção do aterro sanitário. “ Mas foi uma fala infeliz porque o prefeito Dr. Thiago não fez nada durante estes 3 anos e 7 meses para acabar com este lixão”, disse.
O vereador narra ainda que recentemente o prefeito enviou um Projeto de Lei para a Câmara Municipal para Natividade entrar no Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Manuel Alves que tem um projeto de construção de um aterro sanitário para atender os municípios que fazem parte do Consórcio. “Uma ação eleitoreira para enganar o povo novamente, ou seja, para poder entrar nas casas das pessoas neste período eleitoral e pedir voto”, afirma o vereador
“ A situação do lixão é muito precária porque, quando é no período da seca é a fumaça e quando começa a chover, vem o mal cheiro. Entra prefeito e sai prefeito e nada de resolver”, denuncia o morador do Setor Sul, Antonio Neto.
Alvo do MP
O Ministério Público realizou uma vistoria no lixão, em 14 de maio de 2019, e constatou a precariedade da situação. O local não possui isolamento físico adequado, como cercas ou portões, nem maquinário necessário para o correto manejo dos resíduos. Além disso, é comum a presença de catadores que dependem do material reciclável encontrado no local para sobreviver, o que agrava ainda mais o cenário de descaso e vulnerabilidade.
A atual gestão municipal chegou a afirmar que resolveria o problema do lixão, mas, cinco anos após a vistoria do Ministério Público, nenhuma ação concreta foi implementada. É importante destacar que o encerramento de lixões a céu aberto é uma exigência legal estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Para municípios com até 50 mil habitantes, o prazo para o fim dessas práticas expirou-se no dia 02 de agosto do ano passado, o que torna a situação em Natividade ainda mais preocupante, evidenciando o descumprimento da legislação por parte da administração local.
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