Em levantamento à Reuters, a plataforma de transporte de cargas informou que o agronegócio respondeu por quase um terço do total de 29,7 bilhões de reais em fretes movimentados entre janeiro e maio, seguido pela indústria com 8,2 bilhões de reais, e o setor de construção com 4,5 bilhões.
“O agro, como motor de crescimento do Brasil, vem batendo recordes de safra a cada ano. Mesmo com as adversidades climáticas, o crescimento tem se mantido… (e) a alta do dólar motiva os produtores à exportação”, disse a Fretebras justificando o avanço do setor.
Os fertilizantes foram os produtos mais transportados pelo segmento agrícola até maio, respondendo por um quarto do volume total, e com avanço de 19% no comparativo anual.
O movimento ocorre no momento em que os produtores rurais aceleram negociações de compra do insumo que será utilizado na safra 2022/23 de grãos, cujo plantio começa a partir de setembro, diante da incerteza na oferta de adubos causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Na sequência, os produtos mais transportados foram soja, milho e trigo. O cereal de inverno representou somente 5% do volume transportado pelo agronegócio, mas teve uma disparada de 175% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em 2022, as exportações de trigo foram mais intensas nos primeiros meses do ano após uma safra cheia no ano passado, preços e demanda atrativos no mercado internacional, também influenciados pela guerra no leste europeu –Rússia e Ucrânia são dois importantes fornecedores globais do cereal.
Ainda segundo a Fretebras, 3,71 milhões de fretes foram publicados na plataforma de 1 de janeiro a 28 de maio de 2022, cobrindo 95% do território nacional. O volume é 31,4% superior no comparativo anual.
O setor agrícola representou 35,9% do volume total de fretes, com 1,33 milhão e aumento de 26,1% ante os cinco primeiros meses do ano passado, mostraram os dados.