De acordo com dados divulgados pelo Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), o Brasil tem cerca de 9 milhões de hectares de árvores plantadas para atender aos segmentos de Celulose e Papel, Siderurgia e Carvão Vegetal entre outros. O país registrou em 2020 uma alta no valor bruto da produção do setor de árvores cultivadas no país de 17,6% sobre 2019. Na posição de tradicional player dessa indústria, a Melhoramentos – companhia de capital aberto que controla empresas do setor editorial, negócios de base florestal renovável e imobiliário — também faz sua contribuição e encerra o ano com aumento da área de árvores plantadas em suas fazendas, de 65,9%, saltando de 223 hectares em 2021 para cerca de 370 hectares em 2022.
Das suas árvores, a Melhoramentos fabrica a fibra de alto rendimento, que compõe o papel cartão – matéria prima essencial para o setor de embalagens. Para produzir uma tonelada de fibra são necessárias 10 árvores plantadas em uma área de cerca de 90m2. Com um blend que mistura 80% de eucaliptos e 20% de pinus, a Melhoramentos utiliza cerca de 14 mil m3/mês de madeira para produção de suas fibras de alto rendimento, com maior Bulk, o que leva a maior rigidez, com maior resistência a delaminação, maior espessura, redução de gramatura entre outros benefícios.
Para isso, a empresa tem aprimorado suas práticas de ESG, dando continuidade às atividades de exploração e manutenção racional das florestas plantadas — também conhecidas como silvicultura. Na Melhoramentos, essas práticas de conservação das matas nativas, além dos corredores para animais e das nascentes em suas propriedades, propiciam o aparecimento de espécies raras e em extinção nas florestas da companhia. Este é o caso do macaco muriqui-do-sul, encontrado por biólogos em uma área protegida pela empresa na região de Monte Verde em Camanducaia, sul de Minas Gerais.
Atualmente, a Melhoramentos conta com uma área de 148 milhões de m2, sendo grande parte dessas propriedades localizada ao redor de São Paulo (Caieiras, Cajamar, e Bragança Paulista) e no Sul de Minas (Camanducaia). Desse total, 79 milhões de m2 são áreas de florestas dedicadas à preservação. Também do total das áreas nativas, 3.740 hectares são classificados como Florestas de Alto Valor de Conservação (FAVC).
Nas áreas da empresa existem 819 nascentes catalogadas, todas monitoradas e preservadas. Toda água captada na fábrica é utilizada no processo de obtenção de fibras de alto rendimento. Todo o efluente industrial é direcionado à Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) sendo realizado o monitoramento do ponto de lançamento do efluente tratado, assim como da entrada e saída do tratamento na ETE — um modelo com reator anaeróbico único no Brasil.
Capacidade de produzir 1 milhão de mudas por ano
As mudas utilizadas na formação das florestas da Melhoramentos são produzidas no viveiro da unidade de Caieiras (SP), com capacidade de produzir cerca de um milhão de mudas por ano, com rigorosos controles ambientais, sociais e econômicos, que asseguram a procedência das mudas e das práticas de produção.
Entre as principais espécies plantadas pela Melhoramentos estão: Eucalyptus dunnii, Eucalyptus grandis, Eucalyptus globulus, Eucalyptus benthamii, Eucalyptus urograndis e Pinus taeda. Todas essas espécies são fonte de madeira para diversos usos (fibras, celulose, serraria, energia), têm alto potencial produtivo e se adaptam às condições ambientais, de solo, clima e biodiversidade. Além disso, elas têm maior tolerância a doenças, maior capacidade de reprodução, de melhoramento genético e são fonte de produtos não madeireiros, como sementes e cascas.
Desde 2011, a Melhoramentos Florestal tem o certificado FSC® (Forest Stewardship Council®), que garante as práticas de gestão responsável e o uso racional das florestas, buscando manter em equilíbrio os interesses econômicos, sociais e ambientais.
Além do alto percentual de áreas nativas preservadas pela empresa, a empresa também faz baixa emissão de poluentes (0,9% de tudo que é produzido pela companhia), com volume muito maior de remoções na comparação com todas as emissões. Atualmente, quase 90% do consumo da Melhoramentos provém exclusivamente de fontes renováveis.
No período de 2019 a 2021 as emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela Melhoramentos (Escopo 1, 2) resultaram em 15.064 tCO2e. Porém, seus estoques florestais resultaram na remoção de 52.089 tCO2e da atmosfera, nesse mesmo período. Ou seja, a empresa removeu, nos últimos três anos, mais que o dobro de carbono da atmosfera por meio de suas florestas (remoção de 37.025 tCO2e.), do que emitiu pelas suas operações.
Tecnologia de ponta
A empresa tem incrementado o uso de recursos tecnológicos no planejamento e acompanhamento da colheita florestal. São aplicativos de localização e rastreamento, plataformas com imagens de satélite, sistemas de gestão florestal e drones com câmeras que, além de monitorarem a silvicultura, fazem o gerenciamento do combate a incêndios florestais. O corte das árvores em suas propriedades obedece aos princípios de um manejo certificado que respeita os ciclos das espécies e ajuda a manter o solo saudável, minimizando os impactos para o meio ambiente.
“Nossas iniciativas reforçam o propósito da empresa de ‘fazer crescer para melhorar o amanhã’, por meio das nossas ações de preservação da fauna e da flora, sempre em busca de inovações de forma responsável, sustentável e transformadora. A Melhoramentos está se tornando ainda mais eficiente e nosso modelo de preservação é nossa melhor contribuição para o mercado e para o planeta”, destaca a diretora Jurídica, de Sustentabilidade e Pessoas da Melhoramentos, Karin Neves.
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