Mais de 450 milhões de dólares gastos em bens da cesta básica
“Vamos dar prioridade apenas aos produtos de grande necessidade, para nos permitir libertar fundos que permitam o investimento na produção nacional”, reforçou Victor Fernandes, acrescentando ser um esforço para que o país aumente a produção interna e consiga exportar para outros destinos, já que possui grande capacidade produtiva.
Falando em conferência de imprensa destinada a esclarecimentos sobre os atrasos que se verificam no processo de licenciamento aos importadores no país, o ministro disse, igualmente, estar alerta e que os colaboradores continuam em campo para maior controlo da situação, o que fez com que, até ao momento, não verifique “um aumento considerável de natureza especulativa”.
“Apesar de estarmos numa fase difícil e desafiante, é de reconhecer que o país tem enorme potencial agrícola, e com o plano de desenvolvimento industrial ambicioso que o Ministério da Indústria tem, conseguimos equilibrar a balança comercial e termos recursos disponíveis para a produção”, reconheceu.
Pedidos atingiram o pico
A directora Nacional do Comércio Externo, Augusta Fortes, esclareceu que os pedidos submetidos ao Sistema Integrado do Comércio Externo (SICOEX) atingiram o “pico”, resultando em atrasos no licenciamento. Augusta Fortes sublinhou que o processo (via online)regista, actualmente, 120 pedidos de importação por hora, o que dá um total de 2.800 pedidos, cerca de 20 mil por semana.
A directora sublinhou que o sistema não estava programado para receber a quantidade de solicitações, o que fez com que houvesse constrangimentos na área e atrasos nos licenciamentos.
O ministro Victor Fernandes explicou que o sistema não está preparado para trabalhar com tantas solicitações, mas o licenciamento não está parado. “Vamos continuar a receber solicitações, mas introduzindo critérios que priorizem a produção local e possibilidades que garantam produção nos próximos meses.
Com base nisso, decidir se vale a pena importar tais produtos”, disse. Victor Fernandes referiu que nenhum país vive sem importação, daí estar a trabalhar-se em parceria com os Ministérios da Economia e Planeamento, Agricultura e Pescas para a consolidação de informações sobre a produção local.
O ministro da Indústria e Comércio lembrou, igualmente, que a partir de Maio começa a época de colheita de alguns bens produzidos em Angola, o que pode me-lhorar a situação alimentar do país.