O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal métrica da inflação brasileira, subiu 0,54% em janeiro, conforme divulgado nesta quarta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou em linha com o consenso do mercado colhido pela Bloomberg, que apostava em alta mensal de 0,55%. Houve desaceleração em relação a dezembro, quando a variação mensal havia sido de 0,73%.
Ainda assim, a inflação de janeiro fechou como a maior desde 2016, ano em que o IPCA subiu 1,27% no mês, aponta o IBGE.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA também segue em dois dígitos, acumulando 10,38%. Em 2021, a alta em 12 meses foi de 10,06%, um dos piores resultados de inflação anual desde a criação do Plano Real.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias mais pobres e que ganham até 5 salários mínimos, ficou acima do IPCA, em 0,67% em janeiro, também na maior variação para o mês desde 2016. O acumulado em 12 meses é de 10,60% no INPC.
Após altas puxadas sobretudo pelo preço dos combustíveis e da energia elétrica, a inflação passou a ter gradual desaceleração desde outubro do ano passado. Uma redução ampla no patamar do índice é esperada para este ano (da casa dos 10% para perto de 5% ou 6%).