O fechamento das fábricas da Volkswagen e da General Motors e do corte de mais um turno de trabalho na Hyundai, mostram como é preocupante para a indústria automobilística brasileira.
O setor deve perder a chance de recuperar mercado no período em que tradicionalmente se vendem mais carros, na segunda metade do ano, e que vai coincidir com a retomada mais consistente da economia, melhora do produto interno bruto (PIB) e mais pessoas vacinadas contra a covid.
“É difícil afirmar, no momento, se vamos conseguir atender à demanda no segundo semestre”, admite o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes.
Ele concorda que, a partir do próximo mês, as previsões são de PIB um pouco melhor — apesar da inflação e dos juros mais altos —, e de maior controle da pandemia, “mas não podemos carimbar que vai ter oferta [de produtos]”.
Prejuízos
Por causa da escassez de itens eletrônicos, em sistemas de segurança, aceleração, freios e iluminação, entre outros, a indústria global de veículos deve deixar de produzir entre 2,5 milhões e 4 milhões de veículos neste ano. Antes, a previsão para o total da produção era de 84 milhões de unidades.