A Feira Agrotecnológica do Tocantins – Agrotins 2021 100% Digital encerrou sua programação científica nesta sexta-feira, 18, com o painel sobre Perspectivas da Criação de Peixes no Tocantins. Na ocasião, a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) assinou o Termo de Entrega de 11 áreas aquícolas para criação de tilápia no Estado, com potencial de produzir 50 mil toneladas de peixes.
O painel, mediado pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café, foi prestigiado pelo governador do Tocantins, Mauro Carlesse. O Chefe do Executivo Estadual relembrou que no Tocantins não era permitido produzir tilápia e que ainda era deputado quando lutou por essa cadeia produtiva no Estado.
“O que nós queremos é que essas pessoas tenham oportunidades. Foram liberados 50 mil em potencial de produção, e tenho certeza de que esses produtores vão produzir na mesma quantidade. Isso vai trazer para nosso Estado uma alegria muito grande, porque quando você tem trabalho, tem renda. Estou trabalhando nesse sentido, para que as pessoas dependam menos do poder público, e que possam viver com qualidade de vida e dignidade. Vamos conseguir cada vez mais trazer projetos para Tocantins que traga emprego e alavanque o crescimento do Estado”, afirmou o Governador.
O presidente executivo da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe-BR), Francisco das Chagas Medeiros, destacou que o Tocantins tem potencial grande com mais de 290 mil toneladas de capacidade de produção de peixe. “O Estado fica em uma localização geográfica privilegiada, no centro do Brasil, o que é importante para qualquer empresa que queira investir no setor. Outra coisa, tem insumos, ração, indústrias de ração. Sem falar nas ótimas condições climáticas que também são importantes”, pontuou.
A chefe da Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz, destacou que o Tocantins ainda tem muito que avançar na produção do pescado. “Comparo muito com as outras cadeias de proteínas como frango, carne vermelha, carne suína. Ainda temos muito caminho para percorrer. Os preços têm que cair muito ainda, e tornar o peixe mais competitivo para termos essa proteína em maior quantidade na mesa brasileira”, disse.
“Temos que aumentar a produção no Tocantins e no Brasil. Pegar os modelos adotados nessas outras proteínas e trazer este conhecimento em sanidade e processamento para a piscicultura e aquicultura”, complementou a chefe da Embrapa.