Entrevista exclusiva com Joseph Madeira, empresário presidente do grupo Jorima e presidente da Acipa, um homem visionário, fala um pouco de sua trajetória e seus projetos na entidade como presidente, abordando vários assunto entre eles, questões pessoais, empresarias, da entidade e sua visão com relação Palmas, Tocantins e o mundo.
Importante registrar que Joseph é um exemplo de empreendedorismo no Tocantis e tem 1.200 colaboradores em suas empresas e com certeza já deixa sua marca de sucesso na entidade e levará a Acipa a liderar uma revolução no empreendorismo no estado.
1- Qual foi o principal motivo lhe inspirou a ser presidente da ACIPA, qual era o maior desafio e por quê?
Não havia um proposito, projeto ou sonho especifico, não foi uma coisa construída, tenho que creditar que foi as mãos de Deus. Curioso que quando cheguei em Palmas em 1994 e quando fui procurar um emprego no jornal, pois sou jornalista e fui fazer uma matéria, que valeria um teste, e o primeiro lugar que fui foi associação comercial.
Minha primeira matéria foi justamente na ACIPA. Está matéria valeu o primeiro emprego. Estabeleceu-se naquele momento o vínculo de gratidão. Passava na rua e pensava aqui que arrumei o meu primeiro emprego.
Mas veja que para ser presidente da associação comercial, precisa ser empresário e naquele momento eu não projetava em ser empresário, nem sonhava.
Dois anos depois virei assessor de imprensa da associação e foi marcante quando o presidente da época Alan me chamou para ser assessor de imprensa, quando fiquei muito entusiasmado como gostava e gosto muito da entidade.
Mas ele me explicou que era um trabalho voluntario e que não tinha como pagar, aí esfriei um pouco com a situação. Mas ele para animar, me passou uma frase marcante dizendo Josef “Vem para associação comercial, você vai conviver com empresários, vai aprender e inspirar e talvez um dia, você não se torna um deles”, então eu acreditei nisto que ele falou e depois virei empresário, depois diretor da ACIPA e agora 25 anos depois e com benção de Deus, virei presidente, então não havia plano.
Se antes não havia plano, hoje existe um proposito, firme, de retribuir está benção que Deus fez na minha vida, dando o melhor e escrevendo com tinta forte um marcante capítulo naquela entidade.
2- Estamos vivendo um momento impar com o advento do COVID-19, qual sua opinião sobre este vírus no aspecto da abertura do comércio e da economia?
O que sempre defendemos na Acipa e como cidadão foi diante de um acontecimento desta amplitude e desta dimensão, uma ocorrência sem precedente na nossa história, e um momento que requer equilíbrio e serenidade e bom senso. No que se refere a reabertura do comércio, nos sempre defendemos está flexibilização, naquela restrição rigorosa que colocou-se inicialmente e com a clara compreensão que temos que ser extremante zelosos com os protocolos e recomendações médicas, porque a saúde e a vida são nossos bens maiores, porém não podemos perder de vista o funcionamento e a sobrevivência das empresas, porque se assim não o fizermos, corremos um outro risco de um caos social, com desemprego e angustia e os sofrimentos de muitas famílias. As pesquisas mostram isto, a palavra e ordem e equilíbrio.
Respeitar a oportunidade das pessoas trabalharem e não esquecerem dos cuidados que devemos ter com a saúde.
3- Qual panorama da economia e emprego em Palmas?
A situação é muito preocupante, justamente pela parada abrupta que houve, então as empresas, tiveram houve redução acentuada das vendas entre 70% a 80% das vendas e o reflexo disto foi o desemprego e muitas empresas chegaram a reduzir seus colaboradores em 50%. Depois dois meses que as empresas recorreram aos mecanismos do governo federal, folhas de pagamento pagas pelo governo, férias, agora as empresas estão acuadas, agora graças a Deus com abertura e agora temos um animo, agora temos a esperança.
Mas o fato de abrir não quer dizer que as vendas, voltarão, pois as pessoas, por causa da saúde, estarão mais receosas e reclusas, não haverá aglomerações e nem os estabelecimentos irão permitir.
O cenário e de esperança e tenacidade e devemos estar preparados para este novo momento que se desenha na economia.
4- Como a senhor avalia as medidas de abertura da prefeitura de Palmas?
Elas foram tardias e neste momento como disse a palavra mais essencial seria tolerância, diálogo para os nossos gestores com a população e com a classe empresarial em especial. Pois são elas que são responsáveis pela geração de emprego e a dinâmica na economia e pela geração de tributos.
No caso de Palmas e para ser justo como aconteceu nas principais cidades do estado, foi Palmas que teve a pior condução da gestão em especial com o diálogo com os empresários, abertura veio de forma tardia, muita sofrida, com muitos embates desnecessários, se nós tivéssemos uma ponte do diálogo, que não houve, teríamos um resultado positivo.
Passamos momento de conflito, como naquela impensada e infundada lei seca de Palmas, sem nenhum embasamento técnico e cientifico o que levou a entidade a entrar na justiça, para restabelecer a ordem. Seu traquejo e relacionamento institucional que já seria cabível em qualquer situação, mas neste momento a gestão municipal de Palmas foi decepcionante.
5- Qual é a sua avaliação referente a política econômica do município, estado e do Brasil?
Brasil percebe-se que reconhecida que mais tem acertado e tem feito reformas e que visam o desenvolvimento do país, foi a ministério da economia, portanto muito positivo.
No estado do Tocantins, temos observado que como estado administrativo, onde a folha de pagamento responde por elevado fluxo financeiro, que alguns casos estava excedente a Lei de Responsabilidade Fiscal, o atual governo conseguiu fazer algumas medidas, muita duras, com o desligamento de muitas pessoas contratadas, mas foram exitosas, que caso não tivessem sido feitas, o quadro atual seria dramático e graças as medidas houve um saneamento da economia e os salários voltaram a ser pagos em dia e estando agora dentro dos limites. Estado portanto positivo.
No município não temos nada de relevante a enumerar. Gestão restrita a pagar os salários, que disse que foi herdado da gestão anterior.
Porém a gestão anterior, olhava Palmas com uma visão para o futuro, porém fez grandes obras e atual gestão tem sido muito modesta, não percebo nada que pudéssemos destacar neste momento.
6- Como é o relacionamento da entidade com a prefeitura no tange a área de desenvolvimento do comércio, existem projetos em comum?
Resumindo, na Fenepalmas do ano passado, começamos ali, a prefeitura, demonstrou um desalinhamento total com a Acipa e mais demonstrou uma ausência de respeito institucional no mínimo.
É agora com o resultado da abertura do comércio nas tratativas, nós chegamos ao extremo, pois a prefeitura não convidou a Acipa para as reuniões e preteriu a entidade que foi ausência total de civilidade e respeito mínimo que se esperava no momento tão difícil.
Mas a Acipa não se intimidou e cumpriu o seu papel e sempre defendi que a entidade tem que ter independente e ter postura e está negligencia da prefeitura, fortaleceu a entidade e a diretoria e os associados. Mostrou que Acipa está no caminho certo.
7- Quais os projetos da entidade pretende concluir daqui até o fim do seu mandato, considerando o COVID-19 como pano de fundo?
Os projetos importantes era o Acipa leve, que vamos trazer as empresas de tecnologia e ser uma aceleradora e um espaço para articulação. Este projeto já está adiantado do ponto de vista de estrutura física e vamos retoma-lo. Neste momento se tornou crucial, porque já em sintonia neste novo momento, a Acipa já está fazendo um novo canal, chamando algo tipo Shopping Acipa, que é para você reunir as empresas do comércio de Palmas, para que estes estabelecimentos possa se intensificar suas vendas, com menor custo e com canal direto com os consumidores.
Este e o segundo projeto que tem sintonia com o primeiro que mencionei.
O grande trabalho da entidade e orientar os empresários e estar ao seu lado em todos os momentos, como no início do ano, quando estávamos buscando aquela questão do simples, a diferenciação de alíquota do ICMS para as empresas do simples nacional, que no Tocantins, são mais de 95%. Foi uma bandeira defendida, que tivemos êxito de 100%.
São 3 projetos e neste momento temos que contribuir com as empresas que estão avidas de crescimento, em especial no aspecto digital, que neste momento e a nossa principal bandeira.
8- Em sua opinião o que falta para industrialização do estado para decolar efetivamente?
E uma questão de conjuntura, o estado tem todas as condições, todos os recursos disponíveis de recursos naturais, de estradas, água, etc. Tem uma estrutura atrativa, talvez uma das melhores do país, mas o contexto pandêmico, tem dificultado o ritmo no estado que esperávamos.
Conversei recentemente Tom Lira o secretario de Indústria e Comércio, que é o nosso embaixador, que representa os interesses do Tocantins e agora com a chancela de secretario e ele me disse que tem um forte projeto e estudo, que pretende trazer as empresas e estou muito entusiasmado que isto pode acontecer. Tão logo está pandemia passe.
9- No plano comércio, como o senhor vê o futuro da cidade e da entidade?
O comércio está muito vinculado aos servidores e no começo do mês quando pagamento, tem um pico e depois volta a o normal. Há uma relação direta.
Minha visão e de crescimento e na questão da cidade, temos um grande potencial para serviços de turismo, estávamos aproveitando muito bem e agora deu uma parada, em decorrência da pandemia.
Mas estou muito otimista no crescimento do nosso comércio e com futuro da nossa cidade e e a Acipa e o autor principal neste crescimento.
10- Qual sua avaliação sobre a logística do estado em especial com relação as estradas e rodovias?
Em minha opinião e talvez ela seja suspeita pelo meu relacionamento e paixão que tenho pelo Tocantins, mas quando estou fora do estado, ouço que mencionam que o estado tem as melhores condições de condições de logística pela sua localização, por esta rodovia que quase concluída e está na fase final. Pelos grandes projetos que nós temos, o estado está muito privilegiado e portanto reúne todas as condições para que possa desenvolver seu melhor na indústria e alcance o seu ápice.
11- Quais são as áreas que a entidade tem planos em priorizar para estimular no munícipio, para crescimento da economia?
Vendas em tecnologia, para ampliação das vendas por estas novas ferramentas através de redes sociais, empresas que vieram com serviços que estão muito fortes.
12- Por que é importante a adesão das empresas como associado da ACIPA?
Citando meu caso como empresário, com três empresas, com grupo que representa 1.200 colaboradores, todas estão filiadas na Acipa.
Primeiro porque isto me propicia estar em ambiente de troca de experiências e um ambiente de networking, extremamente propicio, conhecer parceiros e fornecedores e lá eu aprendo.
Hoje mesmo em um evento como presidente da Acipa, faz com que eu aprenda em duas horas, que talvez eu não aprenda em curso de faculdade. Esta oportunidade de networking e grande vantagem de fazer negócio.
13- Como a senhor avalia a importância do PORTAL ECONOMIABR Brasil no TO, o portal de notícias que mais cresce no estado, como instrumento de informação e debate, sendo o elo entre as instituições e a sociedade, para o avanço do Tocantins?
Com extrema importância, muito oportuno, para os empresários e profissionais liberais e a todos nós que operamos, vai trazer informações precisas, elementos, para ampliar nossa visão e fundamentar nossas ações, de que maneira que estado do Tocantins e a cidade de Palmas tem muito a ganhar, com o alto grau de qualidade e credibilidade. Faltava este portal no estado. Estão de parabéns.
MENSAGEM DO PRESIDENTE
É um momento singular da nossa história, como eu disse, e um cenário que em princípio não havia clareza e incerteza total, momento que foge ao nosso controle e da nossa compreensão, então devemos elevar nosso pensamento a Deus e fortalecer a nossa esperança é a nossa fé e olhar pelo retrovisor e verificar as conquistas que já tivemos e vermos os desafios que já superamos e reforçar que este Deus que nos trouxe aqui, vai nos fazer avançar e nos fazer crescer em meio a este novo mundo e este novo mercado e que vem ai pós-pandemia.