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Em meio à crise no setor aéreo, Azul inicia plano de demissões

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Em meio à crise no setor aéreo, a Azul Linhas Aéreas iniciou um plano de demissão de funcionários na última quinta-feira. Os cortes, segundo o Sindicato Nacional dos Aeroviários, teriam chegado a 500 pessoas no país, mas as demissões devem crescer. A empresa tem 14 mil colaboradores.

Além das demissões, a companhia tem oferecido programas de licença não-remunerada e aposentadoria antecipada aos funcionários diante da queda de receita.

Em nota, a empresa afirma que está buscando soluções para enfrentar a crise e preservar os empregos. Segundo a Azul, um acordo foi fechado na semana passada com o Sindicato dos Aeronautas e estão sendo realizadas negociações individuais com mais de dez sindicatos que representam os aeroviários, o que permitiu a preservação de mais de 5.000 empregos.

“Mesmo com todas essas ações, parte de seus tripulantes está deixando a empresa nessa semana. A companhia ressalta que está cuidando do assunto da melhor forma possível e oferecendo todas as garantias previstas em lei”, afirmou a Azul na nota.

De acordo com a empresa, outros 2.000 funcionários aderiram a programas voluntários de demissão. A empresa garante que todos os que deixaram a empresa terão prioridade na recontratação quando a companhia retomar seu crescimento.

Os sindicatos preveem que, em meio à crise, o setor faça mais demissões. De acordo com apresentação feita pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) a seus associados, a Latam prevê encolher em cerca de 30% suas operações, o que poderá levar a uma demissão de pelo menos 700 pilotos no Brasil.

No mês passado, a Latam entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos e no Chile, mas ele não abrange as operações no Brasil, que representam 50% do grupo.

A Gol também fechou acordo para desligamento voluntário e redução de jornada pelos próximos 18 meses.

O socorro do governo às companhias aéreas, anunciado em maio, será de R$ 6 bilhões e se dará através da compra de debêntures conversíveis emitidas pelas companhias, via BNDES. Na prática, o governo se tornará sócio dessas empresas. Quanto as empresas se recuperarem, os papéis serão vendidos.

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