El Salvador opera a partir desta terça-feira (7) com o bitcoin como moeda corrente, assim como o dólar, um fato inédito no mundo e estimulado pelo presidente Nayib Bukele, que registra alto índice de popularidade.
O experimento, que gera dúvidas entre a população e desconfiança de especialistas, é seguido de perto e gerou hashtags entre os apoiadores, com “#bitcoinday”, e os críticos, que usam “#noalbitcoin”.
“Como toda inovação, o processo do #Bitcoin em El Salvador tem uma curva de aprendizado. Todo caminho para o futuro é assim e não conseguirmos tudo em um dia, nem em um mês”, reconheceu Bukele, no poder desde 2019.
O governo já comprou as primeiras 400 moedas, a um valor de mercado de 21 milhões de dólares. Além disso, está disponível o sistema eletrônico Chivo para celulares, carregado com um valor equivalente a 30 dólares em bitcoins para que o cidadão comece a operar.
O governo instalou 200 caixas eletrônicos Chivo no país para operar com bitcoins e dólares.
Na linguagem coloquial salvadorenha, “Chivo” é algo muito bom. Mas os críticos usam “#NoesChivo” porque afirmam que expõem os fundos estatais a um ativo volátil.
Quando foi criado em 2009 o bitcoin valia centavos de dólar. Atualmente o preço supera 52.000 dólares. Mas nos últimos 12 meses alcançou chegou a US$ 62.000 ou caiu a 35.000, dependendo de comentários de investidores como Elon Musk sobre aceitá-lo ou não como forma de pagamento, ou anúncios de regulamentações chinesas.