Eduardo Bolsonaro cogita candidatura em 2026 e alfineta Tarcísio governador de SP

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Em entrevista, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) disse abertamente que gostaria de concorrer ao cargo de presidente da República em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, não possa concorrer.

Jair Bolsonaro está inelegível até 2030, após uma decisão de junho de 2023 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na entrevista, Eduardo disse ainda que sua família cogita sair do PL se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) entrar na legenda (leia mais abaixo).

“Se o meu pai não puder se candidatar, eu gostaria de sair candidato. Se o Tarcísio vier para o PL, o que vai acontecer? Eu não terei espaço. Estou no meu terceiro mandato. Sei como a banda toca. Eu teria que ir para outro partido”, disse ele.

“Eu não gostaria de sair do PL numa situação dessas, mas estou adiantando o meu ímpeto e a minha vontade. Acho que depois de ter sido o deputado mais votado da história do país; uma pessoa que tem relações diretas com presidente da Argentina e dos EUA; acho que eu consigo representar as pautas da direita. Não comecei ontem nisso”, disse ele.

Na entrevista, Eduardo também amenizou a declaração de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro, que chamou os governadores de direita de “ratos”.

“A pergunta que fica é: por que querem tirar o Jair Bolsonaro do páreo? Essa é a grande questão, não é colocar o Tarcísio. Tarcísio pode ser um bom candidato, e performa bem nas pesquisas. Mas por que é que tem que ser o Tarcísio?”, disse ele.
“Por que é que não pode ser o (Jair) Bolsonaro o candidato? É porque se encontrou com embaixadores? Porque fez um discurso num carro de som bancado com dinheiro da iniciativa privada? São argumentos esdrúxulos para tirar alguém da eleição presidencial”, disse.
Eduardo Bolsonaro diz que família sairá do PL se Tarcísio entrar

“A pergunta que fica é: por que querem tirar o Jair Bolsonaro do páreo? Essa é a grande questão, não é colocar o Tarcísio. Tarcísio pode ser um bom candidato, e performa bem nas pesquisas. Mas por que é que tem que ser o Tarcísio?”, disse ele.

“Por que é que não pode ser o (Jair) Bolsonaro o candidato? É porque se encontrou com embaixadores? Porque fez um discurso num carro de som bancado com dinheiro da iniciativa privada? São argumentos esdrúxulos para tirar alguém da eleição presidencial”, disse.

“É o Bolsonaro preso, censurado; os filhos sem poder concorrer. Se continuar nessa batida, vão me colocar centenas de anos de cadeia para eu não poder voltar ao Brasil, e o máximo que vamos conseguir será alguém da família virar senador ou deputado. Mas totalmente fora do jogo”, afirmou.

“Por exemplo, o Tarcísio: se ele for eleito presidente, fica difícil termos participação (no governo). Qual é o secretário bolsonarista que existe no governo Tarcísio? Não tem. Mas há pessoas ali que são ligadas ao PSOL.”

“Eu tentei indicar o secretário de Cultura (no governo de São Paulo). O nome não foi aceito, e foi colocada uma pessoa que já foi secretária de Cultura do governo de Fernando Haddad (PT). Falei da Laís Vita, que já fez doações para o PSOL. O marido dela – acho que agora se separaram – já trabalhou com o ex-deputado Marcelo Freixo (hoje no PSB).”

“Vocês imaginam só: a gente votar em um presidente para representar a direita, e ele nomear como ministra da Cultura uma pessoa que já foi ministra do governo Lula. Não estou criticando o Tarcísio. É uma pessoa de caráter íntegro, que não está metida em corrupção, um excelente gestor. Mas eu acredito que exista espaço para você tentar uma candidatura à direita”, disse.

Eduardo: PF é política e vazou diálogos para mudar assunto

Ao Metrópoles, Eduardo comentou os diálogos divulgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos quais aparece xingando seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo ele, seu tratamento ao pai costuma ser mais respeitoso. “Normalmente eu trato meu pai por ‘senhor’”, disse.

“Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio (de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos), mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder360, estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende. VTNC, SEU INGRATO DO CARALHO! Me fudendo aqui [nos EUA]!

Você ainda te ajuda e se fuder daí!”, escreveu Eduardo. A mensagem é do dia 15 de julho deste ano.

“São conversas pessoais de pai para filho, que foram vazadas pela Polícia Federal. Eu não vejo motivo nenhum para expor esse tipo de coisa. Ali tem eu conversando com o meu pai de uma maneira não muito educada. Não é o meu perfil, normalmente eu trato meu pai até por ‘senhor’”, afirmou.

“Mas, naquele momento, como dois homens que nós somos – e entre nós não tem frescura –, eu estava dando uma sacolejada nele. Utilizei algumas palavras duras. Não gostaria que isso viesse a público”, disse.

“Mas a PF, como é um aparelho de Estado, político, vazou de propósito  para criar constrangimento e uma cortina de fumaça naquilo que interessa”, avaliou Eduardo.

“Os assuntos do Brasil são outros, não uma conversa de pai com filho”, acrescentou.

Segundo Eduardo, as conversas vazadas não revelam cansaço, mas “energia alta”. “Era dando uma sacolejada, uns tapas na cara do Rocky Balboa. ‘Não tem amanhã, vamos embora, isso aqui que é o certo’.”

“Os nossos adversários se aproveitam para cair em cima de nós. ‘Olha lá a família brasileira…’. Mas entre nós não tem hipocrisia, não tem frescura. É uma situação em que o estresse fica alto, e por vezes acontece esse tipo de situação”, afirmou Eduardo Bolsonaro.