Dólar dispara e fecha acima de R$ 5,14 com temores sobre 2ª onda
O dólar fechou em alta frente ao real, nesta segunda-feira, 15, refletindo o cenário negativo para as moedas emergentes, após estados americanos, como Texas e Florida, apresentarem recordes de casos de coronavírus no fim de semana. O aumento do número de infectados ocorre em meio aos processos de reabertura nos Estados Unidos, intensificando os temores sobre uma segunda onda de contaminação. Com isso, o dólar comercial fechou em alta de 1,9%, sendo vendido a 5,142 reais. O dólar turismo, com menor liquidez, subiu 2,1%, cotado a 5,35 reais.
“Esse aumento dos números de casos causam um furor no mercado. A gente ainda vai sofrer um pouco com a pandemia até entender direito como vai passar tudo isso”, disse Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos. Segundo ele, ainda é cedo para afirmar que a moeda americana reverteu a tendência de queda, mas vê com cautela essa alta.
Apesar do ritmo de contaminação nos Estados Unidos ter voltado a crescer, autoridades econômicas do país descartam novos isolamentos sociais mais rígidos. Depois de o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, ter afastado a possibilidade de mais um lockdown, foi a vez do diretor do Conselho Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, dizer que os EUA seguem reabrindo sua economia.
Mas além dos EUA, países asiáticos também voltam a registrar novos casos, após terem atingido um grau ainda maior de controle da doença. Esses foram os casos da China e da Coreia do Sul, que vêm enfrentando o aumento do contágio desde que experimentaram uma flexibilização das quarentenas. Na Coreia, bairros badalados se tornaram os principais focos da doença, enquanto na China, o maior mercado de alimentos de Pequim precisou ser fechado.