Dia Mundial de Combate a Tuberculose mobiliza profissionais de Saúde
Com o Intuito de alerta a sociedade e os profissionais de saúde para possíveis casos de Tuberculose, uma doença milenar, que ainda atinge diversas pessoas, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), chama atenção de todos os profissionais de saúde dos municípios para realizarem ações no Dia Mundial de Combate à Tuberculose, dia 24 de março.
A ideia é incentivar a procura pelos serviços de saúde. Mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos, realização de exames de escarro e dos contatos, além de reforçar que o tratamento é totalmente gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Rhonner Marcílio Lopes Uchôa, gerente de Doenças Transmissíveis da SES, ressalta a divulgação da oferta de tratamento completo no SUS e a promoção de atividades de educação em saúde, que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença. “ Mesmo com o cenário epidemiológico da Covid-19, orientamos os municípios que mobilizem a comunidade, através dos veículos de comunicação disponíveis em seu município, como por exemplo, rádio, TV local, carro de som, faixas e outros”, disse.
O Gerente também reforça as estratégias educativas para que sejam desenvolvidas com as populações especiais (privados de liberdade, população em situação de rua, imigrantes e indígenas), respeitando os protocolos de segurança local para evitar a propagação da COVID-19. “Esse formato de mobilização se faz necessário, devido ao cenário atual, pois as duas doenças são extremamente importantes, visto que a Tuberculose, ainda é a principal causa de morte no mundo por um único agente infeccioso”, explicou Rhonner.
Diagnóstico
O diagnóstico da Tuberculose Pulmonar é realizado pelo exame do escarro através do Teste Rápido Molecular (TRM-TB) ou na impossibilidade do mesmo, através de duas amostras de escarro para a Baciloscopia mais cultura. Outros exames podem auxiliar no diagnóstico como: RX de tórax, Teste Tuberculínico e Histopatológico.
Tratamento
O tratamento é gratuito e todo ofertado pelo SUS, disponível em rede básica de saúde ou hospitalar do Estado. Ele compreende duas fases (fase intensiva e fase de manutenção), que deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. Na fase intensiva, os fármacos utilizados para o tratamento são: Rifampicina (R), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z) e Etambutol (E) nos dois primeiros meses, denominado esquema Básico (RHZE). Na fase de manutenção são utilizados os fármacos: Rifampicina (R), Isoniazida (H) nos quatro meses restantes.
Prevenção
Para prevenção está disponível no Sistema de Saúde a vacinação BCG, prioritariamente indicada para crianças de 0 a quatro anos, com obrigatoriedade para menores de 1 ano. A prevenção também inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar.
Dados
No Tocantins foram registrados 168 casos novos em 2017, 197 em 2018, 203 em 2019 e 119 em 2020.
Tuberculose
A Tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis) que afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer uma série de órgãos e/ou sistemas. A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a Saúde Pública, pois é essa forma, especialmente a bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença.
Sintomas
Tosse seca contínua no início e depois com presença de secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, fraqueza e prostração.
Transmissão
A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Em torno de 10% dos infectados pelo Mycobacterium tuberculosis desenvolvem a doença. Pessoas vivendo com HIV/Aids, pessoas privadas de liberdade, indígenas, diabetes, pessoas com insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, usuários de álcool e outras drogas/tabagistas formam um grupo vulnerável, propensas a contrair a tuberculose.