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Covid-19: estudo aponta eficácia de duas vacinas contra variante de Manaus

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Duas vacinas contra o novo coronavírus apresentaram resultados satisfatórios para impedir a infecção do novo coronavírus a partir da cepa brasileira encontrada nas últimas semanas em Manaus. Os resultados, que fazem parte de um estudo preliminar e que ainda precisa ser publicado em revistas científicas, apontam a eficácia das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca com a Universidade de Oxford.

Chamada de P1, a variante brasileira encontrada em Manaus é uma das três cepas que teriam surgido no Brasil e que preocupam autoridades de saúde do país. A boa notícia é que a mutação se mostrou menos resistente às vacinas do que a variante B.1351, por exemplo, que foi identificada na África do Sul e já está circulando em território brasileiro.

Inicialmente, a descoberta teria surpreendido até mesmo os próprios pesquisadores que esperavam que, assim como na variante sul-africana, as duas vacinas apresentassem resultados insatisfatórios já que as cepas são semelhantes. A diferença teria sido as alterações que a cepa brasileira sofreu fora da região que o vírus usa para se conectar às células humanas.

Para realizar a pesquisa, os cientistas isolaram fizeram a retirada de células infectadas com o vírus de um paciente brasileiro em Manaus. A variante foi isolada e cultivada em laboratório para que fossem observados os efeitos que as vacinas teriam no combate da infecção. Para isso, os cientistas adicionaram um soro munido de anticorpos e retirado do sangue de pacientes já vacinados contra a covid-19.

O soro foi capaz de neutralizar a variante de Manaus, mesmo que com uma capacidade reduzida em relação aos resultados obtidos com testes semelhantes realizados com outras cepas do coronavírus. Mesmo assim, os cientistas apontam que a redução da eficácia não foi tão relevante, pelo menos como no caso da variante da África do Sul.

Para o governo brasileiro essa é uma boa notícia. Na segunda-feira (15), o Ministério da Saúde confirmou a compra de 138 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Janssen. A expectativa é de que pelo menos 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, produzida em conjunto com a BioNTech, sejam entregues entre abril e setembro.

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