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Cotação do dólar vira e cai para R$ 5,82, depois de encostar em R$ 6

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Depois de subir e encostar em R$ 6, a cotação do dólar reverteu a tendência de alta e fechou com a primeira queda da semana. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (14) vendido a R$ 5,82, com recuo de R$ 0,081 (-1,37%). A queda decorreu tanto da atuação do Banco Central (BC) como do alívio nos mercados externos.

O euro comercial fechou a R$ 6,284, com queda de 1,36%. A libra comercial encerrou o dia vendida a R$ 7,109, com recuo de 1,33%.

O dólar abriu em alta. Na máxima do dia, por volta das 11h, chegou a R$ 5,97. Depois de passar o início da tarde próxima da estabilidade, a cotação começou a cair a partir das 14h. A divisa acumula alta de 45,04% em 2020.

O Banco Central interferiu no mercado de forma mais agressiva do que nos últimos dias. A autoridade monetária fez um leilão de contratos novos de swap cambial – que equivale à venda de dólares no mercado futuro. Ao todo, foi ofertado US$ 1 bilhão, dos quais foram vendidos US$ 890 milhões. O BC também vendeu US$ 520 milhões à vista das reservas internacionais.

Nos últimos dias, os investidores têm repercutido a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a Selic (taxa básica de juros) para 3% ao ano. Além de reduzir a taxa para abaixo do estimado, o BC indicou que pretende promover novo corte de até 0,75 ponto percentual em junho, o que poderia levar a Selic para 2,25% ao ano.

Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais estrangeiros. As tensões políticas internas também interferiram no mercado.

Cenário internacional

O mercado de ações brasileiro também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou esta quinta-feira aos 79.011 pontos, com alta de 1,59%. O indicador alternou momentos de alta e de queda ao longo da sessão, mas consolidou a alta na hora final de negociações. Essa foi a primeira valorização depois de três dias seguidos de recuo, refletindo o desempenho dos mercados internacionais.

No plano externo, o mercado começou em baixa motivado pela declaração de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, que disse ontem (13) que a instituição não pretende reduzir as taxas básicas de juros da maior economia do planeta para abaixo de zero. Sem o corte, diminui a diferença entre os juros básicos brasileiros e norte-americanos e a atratividade de investir capitais financeiros no Brasil.

No meio da tarde, no entanto, o cenário internacional virou. Ações de empresas do setor financeiro, principalmente de bancos e de administradoras de cartão de crédito, subiram na bolsa de Nova York, trazendo alívio para os mercados de todo o planeta. O índice Dow Jones, que ontem tinha fechado em queda de 2,17%, subiu 1,62% hoje.

Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus.

Nos últimos dias, os investimentos têm oscilado entre possíveis ganhos com o relaxamento de restrições em vários países da Europa e em regiões norte-americanas e contratempos no combate à doença. O ressurgimento de tensões comerciais entre Estados Unidos e China também tem afetado os mercados.

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