Um trem do Paquistão colidiu com vagões descarrilados de outra composição nesta segunda-feira, matando ao menos 40 pessoas, disseram autoridades de governo, o acidente mais recente a sublinhar o estado ameaçador de um sistema ferroviário de mais de 165 anos de idade.
O número de mortos provavelmente aumentará, já que agentes de resgate estavam com dificuldade para alcançar pessoas aprisionadas em vários compartimentos esmagados e espalhados pelos trilhos em Sindh, província do sul do país.
Um porta-voz da Pakistan Railways disse que ao menos 33 corpos foram levados a hospitais, entre eles os de duas autoridades ferroviárias. Mais de 100 pessoas ficaram feridas, disse ele à Reuters.
O policial Umar Tufail disse que o número subiu para 36 pessoas e que seus homens conseguiam ver mais quatro corpos presos nos destroços.
“Ainda não conseguimos retirá-los, mas uma operação está em andamento para isso”, disse ele aos repórteres no local. “Salvamos mais três pessoas; elas estão feridas”, acrescentou.
Um passageiro ferido, que estava no trem que descarrilou, contou como uma calamidade levou à outra.
“Nós nos sentimos atirados para longe”, disse ele, como a cabeça enfaixada, a um repórter de televisão no hospital ao falar do descarrilamento inicial do trem em que viajava.
“Depois o segundo trem atingiu o nosso trem, o que causou mais danos.”
O porta-voz da Pakistan Railways disse que vários vagões do primeiro trem tombaram nos trilhos adjacentes após o descarrilamento no distrito de Ghotki.
Em seguida, o segundo trem, que vinha na direção oposta, se chocou com eles, acrescentou.
“O condutor tentou acionar os freios de emergência, mas a locomotiva atingiu os vagões espalhados”, disse a Pakistan Railways em um relatório inicial.
“A linha tem problemas em vários pontos, os vagões são antigos, alguns têm até 40 anos”, disse a autoridade ferroviária Khalid Latif à Geo News TV.
“Eu disse a chefões várias vezes: ‘Por favor, façam algo a respeito disso'”, afirmou ele.
O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, escreveu no Twitter que está chocado com o acidente “horroroso” e que está ordenando uma investigação abrangente sobre a segurança ferroviária.