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CDC vai recomendar a diminuição do tempo da quarentena de covid-19

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vai revisar em breve sua recomendação do tempo necessário para que pessoas expostas a pacientes com covid-19 permaneçam em quarentena. De acordo com o Wall Street Journal, a agência americana deve aprovar um período de isolamento que vai variar entre sete e dez dias.

Este intervalo é menor do que o estabelecido atualmente, que recomenda que quem tenha tido contato com outros infectados com o vírus SARS-CoV-2 fique isolado por no mínimo 14 dias. A ideia é que a redução do tempo encoraje a quarentena necessária. No entendimento do CDC, é mais fácil respeitar um isolamento mais curto.

Há o risco de que o período mais curto possa permitir que algumas pessoas infectadas desenvolvam sintomas mais tardiamente, quando já estejam “liberadas” da quarentena. Para Henry Walke, responsável da agência pelo controle da pandemia de covid-19, esta é uma troca que pode valer a pena, desde que mais pessoas passem a respeitar pelo menos os sete dias de isolamento.

Por ora, o tempo mínimo necessário para que uma pessoa fique afastada ainda está sendo estabelecido, mas deve mesmo ficar entre sete e dez dias após o contato. O CDC também está estabelecendo que essas pessoas deverão realizar um teste para diagnosticar uma possível infecção do novo coronavírus. O tipo de teste ainda está sendo debatido pela agência.

Não é a primeira vez que especialistas de saúde debatem sobre um possível exagero no período de 14 dias de isolamento recomendado por órgãos de saúde. Há o entendimento que mais da metade dos casos sintomáticos já pode ser detectada na primeira semana após o contágio. Apenas 2% dos casos apresentam sintomas após 14 dias.

Há ainda outro problema. O período mais longo de quarentena também sobrecarrega o sistema de saúde, que precisa disponibilizar funcionários para o acompanhamento mais duradouro dos pacientes que estão (ou deveriam estar) isolados durante os 14 dias.

Esta é a mais recente tentativa do CDC de brecar a segunda onda de infecção de covid-19 nos Estados Unidos. O país é o mais afetado pela pandemia do vírus SARS-CoV-2 e já conta com 12,5 milhões de casos registrados da doença e 261.000 mortes. Após uma desaceleração no número de casos entre agosto e setembro, a quantidade de novas infecções voltou a subir nas últimas semanas e já bate recordes diários.

É preciso destacar que as recomendações do CDC valem para os Estados Unidos. Entretanto, como o órgão tem uma grande relevância global, é possível que outros países, como o Brasil, também adotem a prática, reduzindo o tempo mínimo necessário para a quarentena. No caso do Brasil, a decisão fica com o Ministério da Saúde.

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