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Candidato de Bolsonaro, Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado

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O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, presidente do Senado. O parlamentar mineiro, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, por Davi Alcolumbre (DEM-AP) e pela bancada do PT, recebeu 57 votos na eleição. Para garantir a vitória sem necessidade de segundo turno, precisava de 41. Pacheco assume imediatamente o cargo, que ocupará pelos próximos dois anos. 

A adversária de Pacheco, Simone Tebet (MDB-MS), conseguiu 21 votos. Dos 81 senadores, 78 participaram da votação. Dois não puderem comparecer por motivos médicos: Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) e Jacques Wagner (PT-BA). O senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que está de licença do mandato após ter sido flagrado com dinheiro na cueca, também não participou da votação.

Os senadores Major Olímpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS) abriram mão das candidaturas para apoiar Tebet. Com isso, ficaram apenas Pacheco e Tebet na disputa. A senadora se lançou candidata independente na semana passada, após o MDB ter abandonado a candidatura. O bloco de Pacheco contou com o apoio de 10 partidos: DEM, PT, PDT, Rede, PP, PSD, PSC, Pros, PL e Republicanos, e com parte do MDB.

Para afastar a imagem de governista, apesar do apoio de Bolsonaro, Pacheco garantiu que “não haverá nenhum tipo de influência externa capaz de influenciar a vontade livre e autônoma dos senadores”. A declaração foi feita em discurso antes da votação. “Asseguro com toda a força do meu ser o meu propósito de independência em relação aos demais poderes, em relação às demais instituições, buscando sempre harmonizar o Poder Legislativo com os demais poderes da República”, afirmou. 

Promessas

Aos 44 anos de idade e formado em direito, Rodrigo Pacheco exerce o primeiro mandato no Senado, depois de uma passagem de quatro anos na Câmara dos Deputados. Em conversas com parlamentares, ele se comprometeu a pautar reformas e a PEC Emergencial, que cria gatilhos para situações de descumprimento do teto de gastos, regra que impede o aumento de despesas do governo acima da inflação.

Ao lançar a candidatura, o novo presidente do Senado afirmou, em documento publicado em 19 de janeiro, que colocaria em pauta “as reformas e as proposições necessárias e imprescindíveis para o desenvolvimento do país”. Pacheco também assegurou que buscará “garantir as liberdades, a democracia, as estabilidades social, política e econômica do país”.

No discurso desta segunda-feira, ele defendeu a “pacificação” das instituições, dos poderes e entre os senadores. “Nós não podemos, definitivamente, nos render ao discurso fácil, ao discurso politicamente correto, ao discurso que ganha aplausos fáceis, por vezes, da mídia social ou nos aeroportos ou nos estabelecimentos públicos. Temos que ter compromisso com algo que nos guie verdadeiramente para resultados efetivos para a sociedade brasileira”, disse. 

Pacheco defendeu em algumas ocasiões, durante a campanha, a discussão sobre a renovação do auxílio emergencial, com responsabilidade fiscal. Para ele, a solução precisa ser encontrada junto ao Ministério da Economia, de forma a “compatibilizar o teto de gastos públicos com a necessidade de amparar pessoas que estejam vulnerabilizadas”, disse, no último dia 22.

Organização

No Senado, além de duas urnas no plenário, a votação foi feita em dois terminais do lado de fora, em um esquema de “drive-thru”, para senadores do grupo de risco para a covid-19. Os senadores que preferiram não ter contato com outros parlamentares depositaram os votos de dentro do carro, em uma urna na chapelaria, uma das entradas principais do Congresso. 

Também havia uma urna para o grupo de risco no chamado Túnel do Tempo, corredor que liga o prédio principal do Senado aos anexos. No Senado, diferentemente da Câmara, a votação é feita por cédulas de papel, não por urnas eletrônicas. Os votos são secretos.

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