Brasil terá papel-chave em negociações climáticas, diz Casa Branca
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta quinta-feira, 28, que o Brasil será “um parceiro fundamental” no combate à crise climática, mas evitou responder a questões sobre possíveis represálias ao país por causa do desmatamento na Amazônia. Durante uma coletiva de imprensa, a assessora do presidente Joe Biden reforçou que a questão ambiental será prioridade para o novo governo.
Nesta quarta-feira, 27, Biden assinou uma série de decretos voltados para o combate à crise climática. Dentre os principais anúncios está a convocação de uma cúpula global sobre o clima para 22 de abril, data em que é celebrado o Dia da Terra.
Ao ser questionada se os Estados Unidos convidarão o presidente Jair Bolsonaro para a cúpula, a porta-voz da Casa Branca respondeu que nenhum convite foi feito até agora.
Em resposta a uma pergunta sobre a possibilidade de Biden visitar o Brasil, Psaki disse que o novo chefe da Casa Branca ainda não planejou nenhuma viagem internacional.
Em carta enviada a Biden em 20 de janeiro, dia da posse do democrata, Bolsonaro disse estar pronto para continuar a parceria com os Estados Unidos na questão ambiental.
“Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado”, escreveu o presidente brasileiro.
Durante a campanha eleitoral de 2020, Biden chegou a sugerir que poderia aplicar sanções ao Brasil por causa do desmatamento na Amazônia. A vice-presidente americana, Kamala Harris, também já criticou o política ambiental do governo Bolsonaro.