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Biden brinca com Zoom e usa vídeo de Obama para convencer eleitor a votar

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A menos de duas semanas para o fim do período eleitoral americano, com as eleições oficialmente marcadas para 3 de novembro, os candidatos estão em uma cruzada para convencer os eleitores a saírem de casa e irem votar.

Neste domingo, 25, o democrata Joe Biden usou um cabo eleitoral de peso: o ex-presidente Barack Obama. Em vídeo publicado no Twitter de Biden, a campanha faz uma brincadeira com as videoconferências na pandemia e a votação antecipada.

No vídeo, Obama aparece esperando para que uma reunião online comece. O computador afirma que a call só vai começar “em 25 minutos” e se mostra impaciente e mira o relógio — por ter chegado adiantado à reunião. Na sequência, a mensagem “Em 2020, nós comparecemos cedo. Para tudo. Mas especialmente para votar”.

“Faça como o @BarackObama. Vote cedo”, escreve Biden na postagem.

Biden foi vice de Obama durante seus dois mandatos, de 2009 a 2016. O ex-vice-presidente falhou em conseguir eleger sua sucessora, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, que perdeu para Trump em 2016 em estados decisivos, o que levou à sua derrota nacionalmente.

Apesar do apoio a Biden, Obama só começou a participar mais ativamente da campanha neste mês. Na última quarta-feira, Obama foi pela primeira vez a um comício de Biden, na Pensilvânia, um dos estados-chave.

Biden também tem como vice a senadora Kamala Harris, que, caso a chapa seja eleita, será a primeira mulher negra vice da história dos Estados Unidos. 

As eleições já estão a todo vapor nos EUA. Até agora, um em cada quatro eleitores já votou com antecedência. Da parcela da população que está votando presencialmente antes da votação oficial em novembro, ou votando pelo correio, a esmagadora maioria é democrata.

Dos que votaram com antecedência nos estados que contabilizam os partidos dos eleitores, 53% é filiada ao Partido Democrata, 25% é republicano e 21% não tem filiação partidária, segundo o US Elections Project, que compila os dados da votação antecipada.

Os eleitores que não votam acabam também decidindo a eleição, e daí as tentativas dos candidatos de fazerem seu eleitorado sair de casa. 

Em 2016, quando Hillary Clinton perdeu, estudos posteriores mostraram que mais de 4 milhões de eleitores de Obama decidiram não votar. Com esses votos, sobretudo nos estados cruciais, Hillary poderia ter vencido a eleição.

Na outra ponta, ter mais democratas votando com antecedência pode gerar problemas na contagem dos votos. O presidente Donald Trump têm ditos nos últimos meses que votos pelos correios — justamente onde os democratas estão vencendo — serão fraudados. O temor é que a eleição vá parar na Justiça, sobretudo nos estados mais apertados e onde os votos pelo correio farão diferença no resultado.

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