Balsas com 37 geradores chegam ao Amapá, solução provisória para o apagão
As balsas trazendo geradores termelétricos, movidos a combustível, chegaram ao Amapá na segunda-feira. Os equipamentos serão instalados nas subestações da capital, Macapá, e da cidade de Santana. Trata-se de uma solução provisória para tentar aumentar e atingir 100% da capacidade de fornecimento de energia ao estado, que sofre há 15 dias com um apagão que atinge 13 dos 16 municípios.
De acordo com o G1, as balsas, que vieram de Manaus pelo Rio Amazonas e chegaram na área portuária de Santana, serão distribuídas às subestações da Eletronorte. As estruturas também passaram por alterações para receber os cerca de 40 geradores.
Os equipamentos vão permitir de forma provisória restabelecer em 100% a energia para o estado, mas a capacidade de atendimento vai aumentar aos poucos, a medida que cada gerador for entrando em operação. Sendo assim, o prazo para retomada total ainda é indefinido.
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) declarou, na semana passada, que o fornecimento total de energia só deve ser normalizado no dia 26 deste mês, mas o prazo depende do planejamento feito pelo Ministério de Minas e Energia.
Documentos do Operador Nacional do Sistema (ONS) revelados pelo Jornal Nacional apontam que a previsão de conclusão do conserto vem sendo adiada sucessivamente desde o primeiro semestre, deixando a subestação sem plano de emergência há quase um ano. O prazo já foi maio, junho e setembro. No último dia 6, três dias após o incêndio, a LMTE deu ao ONS novo prazo: maio de 2021.
Demora nos serviços de manutenção
De acordo com a Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), empresa responsável pela subestação de energia que pegou fogo em Macapá, para garantir o abastecimento com segurança e reserva de energia é necessária a instalação de um segundo transformador nessa unidade.
Segundo reportagem do GLOBO, A LMTE demorou pelo menos nove meses para contratar os serviços de manutenção especializada do terceiro transformador da unidade, que estava parado desde dezembro de 2019 e deveria servir como reserva para evitar uma falta de energia no estado.
No entanto, a manutenção foi contratada menos de dois meses antes do incêndio, no último dia 3, que deixou 90% da população do Amapá no escuro. A informação faz parte do processo em que o juiz João Bosco Costa determinou o restabelecimento da energia no estado nesta semana.