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Autônomos ainda não percebem a retomada da economia

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A insegurança que assombrava grande parte dos trabalhadores autônomos no início da pandemia talvez não tenha acabado. Com a quarentena em diferentes patamares, a depender da localização e da situação da saúde pública, a atividade econômica das microempresas e dos profissionais autônomos parece não traçar o mesmo caminho que parte da economia  já está experimentando.

Mesmo com a retomada da atividade comercial em grande parte das cidades brasileiras, a atividade econômica das microempresas e dos trabalhadores autônomos piorou no mês de maio deste ano, como mostra o Índice SumUp do Microempreendedor (ISM). O valor representa uma queda de 9,69% em relação ao mesmo período do ano passado.

O índice, desenvolvido pela fintech de soluções financeiras para microempreendedores e profissionais autônomos, mede a atividade econômica baseando-se em dados de negócios de empreendedores informais, além de micro e pequenas empresas de todos os estados brasileiros e de mais de 30 ramos de atividades distintos.

Para Renan Pieri, professor da Fundação Getúlio Vargas e responsável pelo Índice SumUp, a recuperação que está sendo vista em uma parte da economia é mais lenta e diferente entre os profissionais informais. “Ela está alinhada com a dinâmica da taxa de desemprego e a queda da renda média. Mesmo que a economia esteja circulando, as pessoas acabam recebendo menos dinheiro.”

Segundo dados do Ipea, os informais registraram a maior queda de rendimento em 2020. No segundo trimestre do ano passado, os trabalhadores por conta própria receberam 24% a menos do que a renda habitual. Mesmo com uma leve melhora no último trimestre de 2020, o indicador continuou inferior aos níveis registrados antes do início da pandemia, com recuo de 10%.

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