Atualização do caso: STF não analisa habeas corpus de Wanderlei Barbosa, que segue afastado

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O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos). Ele foi afastado do cargo por 180 dias pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no âmbito da segunda fase da Operação Fames-19, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

A decisão do STF, publicada na quarta-feira (10), foi tomada pelo ministro Edson Fachin, que não conheceu o pedido, ou seja, não analisou o mérito por falta de documentos que comprovassem constrangimento ilegal. A defesa alegou que os fatos são antigos e ocorreram na gestão anterior, sob o comando de Mauro Carlesse, quando Wanderlei era vice-governador.

A operação apura crimes como peculato, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, com suspeita de que parte do dinheiro desviado foi usado para construir uma pousada de luxo em nome de um dos filhos do governador. Também foram afastados a primeira-dama Karynne Sotero Campos e outros agentes públicos.

O atual governador em exercício é o vice Laurez Moreira (PSD). A defesa de Wanderlei afirmou que recorrerá da decisão e nega envolvimento nos crimes investigados. A Polícia Federal estima que o esquema causou prejuízo de mais de R$ 73 milhões aos cofres públicos.