Assalto em Criciúma: 7 suspeitos são presos.
As investigações sobre o assalto a uma agência do Banco do Brasil em Criciúma, Santa Catarina, começaram a trazer novos elementos para elucidar o caso, mas muitas perguntas ainda não podem ser respondidas. No avanço mais recente, sete pessoas foram presas suspeitas de participação direta ou indireta no ataque. Seis homens foram capturados entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, e em São Paulo, uma mulher foi presa acusada de dar apoio logístico para a operação.
A ação do grupo lançou terror nos moradores do centro de Criciúma, na madrugada desta terça-feira. Cerca de 30 pessoas chegaram na cidade em comboio, dentro de dez carros pretos de luxo, armados com explosivos, pistolas e fuzis. O grupo invadiu a tesouraria regional do banco, provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade e atacou um batalhão da polícia militar. Eles ainda usaram reféns como escudos e dispararam várias vezes.
Na tarde desta quarta-feira, dois homens suspeitos foram encontrados em um viaduto da BR-116 em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles foram levados até o Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil, na capital. Já os outros três suspeitos foram encontrados entre a divisa dos municípios de Torres, no Litoral Norte gaúcho, e Passo de Torres, já em Santa Catarina. A delegacia de polícia de Araranguá, localizada a cerca de 35km de Criciúma, recebeu esses suspeitos. Na madrugada desta quinta-feira, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) prendeu mais um suspeito. Ele estava em uma casa na cidade de Três Cachoeiras (RS), que fica a cerca de 100 km de Criciúma.
O diretor da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), delegado de Luis Felipe Fuentes, afirmou que o momento ainda é de reunião de informações, vestígios e indícios. Os investigadores ainda fazem diversas diligências para estreitar as diversas linhas de investigação que ainda são possíveis.
– Este será um inquérito policial que se desenha bastante complexo, volumoso. Mas Polícia Civil tem demonstrado em operações recentes que está cada vez com a capacidade maior e um desempenho melhor nas investigações. Temos conseguido levar ao Judiciário inquéritos policiais muito bem instruídos, o que se comprova pelo índice de condenações e o sucesso das operações quando desencadeadas – declarou, otimista.
Também na tarde de quarta, uma mulher suspeita de envolvimento no ataque foi presa pelo Polícia Civil de São Paulo. A auxiliar de limpeza de 31 anos, foi encontrada no Jardim Reimberg, zona sul da capital paulista, após a polícia receber uma denúncia. Com ela estavam malotes de dinheiro do Banco do Brasil, munições de fuzil 7.62mm, armas de fogo de uso proibido no Brasil e rádios transmissões.
No local, os agentes encontraram também seis tijolos de cocaína, 10 telefones celulares e acionadores de explosivos. A 6ª Seccional da Polícia Civil conduz a investigação e trabalham com a suspeita de ela participou do planejamento logístico e assaltos do bando, como o transporte de munição e equipamentos. Ela é casada com um suspeito de participar de outros assaltos pelo país.