Esse domingo, 25 de abril, foi o Dia Mundial de Combate à Malária, data criada para reconhecer o esforço global para controle da doença. Um dos exemplos desse combate é Araguaína, que não registra nenhum caso local desde 2006 e é referência no tratamento dos casos na região.
A responsável pelo programa de controle municipal da Malária do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Ketren Carvalho, ressaltou que o resultado é devido à agilidade para identificar os doentes e eliminar criadouros de mosquitos. “Os agentes de saúde e de endemias percorrem fazendo busca ativa. O mosquito transmissor está presente e o fluxo de pessoas vindas de áreas de transmissão que buscam assistência aqui é frequente, gerando risco de transmissão local”.
Esses casos têm acompanhamento da Prefeitura para evitar novas transmissões. Assim que o paciente é notificado ou tem suspeita para malária, rapidamente é iniciado o monitoramento. “É um risco potencial de transmissão porque a doença é transmitida quando o mosquito anofelino pica uma pessoa doente e depois uma saudável”, alertou a coordenadora.
No Brasil, a malária é mais comum na Amazônia Legal, ao qual o Tocantins está incluso. No ano passado, foram registrados nove casos positivos para a doença de pessoas que contraíram fora de Araguaína. Todos passaram por tratamento gratuito no Hospital de Doenças Tropicais e dois deles continuam recebendo a medicação devido ao retorno dos sintomas da doença.
Sintomas
O protozoário que é transmitido ao homem, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anofelini, causa calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios.
Em caso de alguma suspeita, o morador deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima de casa ou a UPA 24 horas (Unidade de Pronto Atendimento), no setor Araguaína Sul.
Como evitar o mosquito
A coordenadora orienta que a maneira mais eficaz de evitar o contato com o mosquito é não ficar exposto em horários próximos do amanhecer e do entardecer, principalmente na proximidade de locais ribeirinhos. “Ajuda usar repelente e roupas que cubram quase todo corpo. Já nas casas, é indicado que coloque telas nas janelas e portas para dificultar a entrada do mosquito”.
Dados
Na curva histórica, o Brasil vem experimentando uma redução dos casos desde 2005, quando o total anual passou dos 600.000. Nesse mesmo ano, Araguaína havia registrado os últimos três casos de contaminação local. O surto da região aconteceu no ano anterior, 2004, quando 18 pessoas foram diagnosticadas no município.