O cantor Agnaldo Timóteo faleceu neste sábado, 3, por complicações decorrentes da covid-19. O músico estava internado em um hospital na zona oeste do Rio de Janeiro desde o dia 17 de março.
“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo”, diz a família em nota.
“Temos a convicção que Timóteo deu o seu melhor para vencer essa batalha e a venceu! Agnaldo Timóteo viverá eternamente em nossos corações! A família agradece todo o apoio e profissionalismo da Rede Hospital Casa São Bernardo nessa batalha”, diz a nota assinada pela família.
Mais cedo, havia sido divulgado que o cantor teve uma piora no estado de saúde e a família pediu orações. Ele teve de ser intubado dez dias após dar entrada no hospital.
Nascido em outubro de 1936 e natural da cidade de Caratinga, no estado de Minas Gerais, Timóteo tem origem humilde e teve diversos trabalhos antes da carreira como cantor. No começo, cantou em rádios de Minas até se mudar para o Rio de Janeiro, até gravar seu primeiro disco, em 1963.
Nos anos seguintes, ainda teria dificuldades em emplacar seus sucessos, até a carreira começar a deslanchar, sobretudo nos anos 70. Nos primeiros anos, Timóteo ficou conhecido sobretudo como intérprete de músicas estrangeiras e com suas canções românticas.
Agnaldo Timóteo também foi por duas vezes deputado federal, entre 1983 e 1987 (pelo PDT e a parte final pelo PDS) e entre 1995 e 1996 (pelo PPR). Sua passagem pela Câmara ficou marcada pelo bordão “Alô, mamãe”, em que simulava estar ligando para sua própria casa.
Voltaria a disputar outras eleições após a primeira passagem pela Câmara. Um dos pleitos perdidos foi para governador do Rio de Janeiro, quando venceu Leonel Brizola. Timóteo seria ainda eleito vereador pelas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.