Uma avalanche de doenças mentais vêm com a pandemia de Covid-19. Cuidados contra a quarta onda!

A pandemia do coronavírus pegou todos de surpresa e de longe já é o maior desafio enfrentado pelas nossas gerações. Há meses enfrentamos o isolamento e tentamos conciliar atividades de saúde, lazer, trabalho e cuidados com os mais vulneráveis no ambiente domiciliar. Se saímos às ruas, não devemos esquecer as máscaras.

Desde março especialistas vêm alertando para uma pandemia em saúde mental devido ao novo coronavírus. É a chamada quarta onda de consequências da Covid-19 e ela já está estabelecida.

A primeira onda diz respeito ao adoecimento e mortalidade do coronavírus em si. A segunda refere-se ao dano a outros doentes, que não pela Covid-19, que não conseguem tratamento na rede sobrecarregada.

A terceira onda faz menção àquelas pessoas que interrompem o tratamento de doenças que necessitam de acompanhamento médico constante como hipertensão, câncer e diabetes.  

A quarta onda foi mencionada pela primeira vez no Brazilian Journal of Psychiatry. Ela atravessa todos os anteriores e segue em crescimento, na medida em que é formada pelo trauma psíquico, pelas doenças mentais e pelo desgaste da sociedade como um todo, sobretudo pela crise econômica.

No Brasil, a chegada da Pandemia se soma ao colapso na assistência à saúde mental. Muito embora muita gente ache que os cuidados com a mente possam esperar, fechar os olhos para o que ocorre pode significar danos de proporções grotescas.

Dessa forma, o trabalho de prevenção ao adoecimento se faz tão importante quanto o tratamento, como no caso da depressão e do abuso de álcool e outras drogas. A produção de disponibilização de medicações psiquiátricas em farmácias públicas ou populares. Já que muitas vezes o tratamento psiquiátrico necessita da abordagem farmacológica e o alto custo dos medicamentos acabam sendo um fator de abandono do tratamento por muitos pacientes, a disponibilização de medicação de qualidade nas farmácias públicas certamente contribuiria para adequados início, meio e fim cartilhas e videoaulas, além de outras abordagens digitais contra a automutilação e suicídio, gravidez na adolescência entre outros temas relevantes são importantíssimos para o arsenal a favor de saúde mental de qualidade.

Além da abordagem nos meios digitais, outro tema que deve ser levado em consideração é a de terapias. 

Precisamos estar preparados para os meses que ainda virão. E, num cenário de tantas incertezas, não podemos deixar a saúde mental ser negligenciada.

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