No acumulado do ano, considerando o período de janeiro a setembro, a variação relativa do saldo de empregos no Tocantins foi de 2,33%
De acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do mercado formal, referentes ao ano de 2020 até o mês de setembro, é possível perceber que os efeitos negativos causados pelo isolamento social, trouxe impactos mais acentuados nos grandes centros econômicos do país. No acumulando do ano de janeiro a setembro os estados da região sul e sudeste ainda registram saldos negativos na geração de emprego – São Paulo -209.840, Rio de Janeiro –181.850, Rio Grande de Sul -74.445 e Minas Gerais –35.473 -, esse efeito foi sentido com menor intensidade nos Regiões Norte e Centro Oeste, que no acumulado do ano já apresentam saldos positivos na geração de emprego. Os destaques são para os Estados Pará 22.050, Mato Grosso 17.474, Goiás 14.868, Maranhão 13.033, Mato Grosso do Sul 7.428 e Tocantins 4.430.
Nesse contexto, o Estado do Tocantins, está entre os seis que mais geraram empregos na variação relativa de criação de postos de trabalho formais, no acumulado do ano de janeiro a setembro de 2020, segundo dados do CAGED, divulgados ontem dia 29/10 pelo Ministério da Economia. Os dados apontam que pelo quinto mês consecutivo, ou seja, desde maio de 2020, o nível de emprego vem reagindo com consistência e demonstrando a capacidade reativa que a economia tocantinense tem de superar a crise global, e foi assim também, durante a crise econômica de 2015 2017. O Tocantins foi um dos últimos Estados a entra no processo e um dos primeiros a sair dele.
No acumulado do ano, considerando o período de janeiro a setembro, a variação relativa do saldo de empregos no Tocantins foi de 2,33%, o sexto melhor desempenho do país, sendo superado apenas pelos Estados do Acre 3,73%, Pará 3,0%, Rondônia 2,93%, Maranhão 2,71% e Mato Grosso 2,44%.
Nesse mesmo período no Tocantins foram registradas 48.033 admissões, contra 43.603 desligamentos, deixando um saldo positivo de 4.430 novos postos de trabalho no mercado formal de trabalho. Considerando os dados, o mês de setembro foi o segundo melhor mês do ano, com saldo de 1.790 empregos, sendo superado pelo desempenho do mês de agosto que registrou 2.040 contratações. O saldo é a diferença entre número de admissões menos os desligamentos em um determinado período, apesar de negativo quando comparado com o mês anterior, os dados apontam uma tendência de recuperação do emprego.
Os setores econômicos com os melhores desempenhos foram o comércio com saldo de 667 empregos e a construção civil com 501. Só no mês de setembro o comércio contratou 1.906 trabalhadores e demitiu 1.239 deixando um saldo positivo de 667 novos postos de trabalho, o estoque de empregos no setor, ou seja, os saldos dos meses acumulados durante o ano até setembro, registra uma contribuição de 51.948 postos de trabalho, com 1,30% de variação relativa.
Comparando com os meses anteriores o espectro de faixa etária foi um dos que melhor se distribuiu, atingindo pessoas de diversas idades, em especial entre os 18 e 39 anos. Por outro lado, quando consideramos a geração de empregos por grau de instrução, houve uma forte concentração nas contratações de trabalhadores de nível médio completo, foram 1.190 dos 1.790. Na distribuição por sexo, foram 1.590 homens e 200 mulheres.
Para o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Tom Lyra, os números são reflexos dos esforços do Governo para preservar empregos e criar postos de trabalho mesmo em meio à crise atual. “Temos investido na aproximação com o empresário, estamos buscando saber suas necessidades para apontar soluções e garantir que esse empreendedor mantenha sua empresa aberta e continue gerando emprego e renda para a população, mas não apenas isso, queremos que ele cresça e se desenvolva, para que mais pessoas possam ser empregadas, o foco é a garantia de que nossa população possa ter condições de sustentar a família de forma digna”, apontou.
Estamos em um estado que vem se fortalecendo e superando todos os impactos da crise gerada pela Covid-19, muito foi feito para que isso fosse alcançado, o trabalho não parou em nenhum momento, como afirma o Governador Mauro Carlesse. “Vínhamos desenvolvendo uma série de atividades para recuperar o bom nome do Tocantins, e conseguimos alcançar bons resultados, estamos enquadrados dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o que nos qualifica para receber novos investimentos. E isso se refletiu na manutenção dos empregos, ao contrário do que aconteceu em outros estados. Isso é a prova de que seguimos na direção certa”, concluiu.