Segundo os usuários, falta ar-condicionado e plataforma de acessibilidade nos transportes; pontos de parada são precários ou inexistentes
No início dessa semana (22), terminou o período de gratuidade no transporte público de Gurupi. A tarifa cobrada é de R$ 5,00 e a isenção de taxa se aplica somente a grupos específicos da população. O pré-candidato a prefeito de Gurupi, Cristiano Pisoni (PSDB), questionou o valor da taxa e as condições estruturais dos pontos de ônibus e dos veículos. “Fazendo as contas, um trabalhador que paga ida e volta para o trabalho, incluindo saída e volta do almoço, gasta R$ 20,00 ao dia, chegando à soma de R$ 400,00 ao mês. É mais caro que Palmas. Isso não tem justificativa”, argumentou.
A moradora Maremi Saraiva, mais conhecida como “Gaúcha”, utiliza o ônibus junto ao filho, que possui deficiência e periodicamente precisa de acompanhamento de saúde: “Nós ‘queria’ uma melhoria nesse transporte. Pra fazer sentido nós ‘pagar’ a taxa, ela [prefeita] tem que primeiro arrumar os pontos. Não colocaram estrutura nenhuma aqui no setor João Lisboa. A gente fica no sol, não tem onde sentar, além das passagens muito caras. Faz horas que nós ‘tamo’ aqui no sol esperando. O ônibus passou aqui meio-dia, depois só passa 14h. Já que colocou a taxa, por que não colocou uma coisa organizada, de hora em hora?”, reclamou ela.
Cristiano Pisoni criticou o modo e o momento em que o transporte público foi implementado. “A dona Gaúcha lembrou que era para os ônibus estarem rodando desde janeiro de 2021. Mas sabemos que Gurupi ficou mais de 4 anos sem transporte coletivo, e agora, perto da eleição, contrataram uma empresa, mas com poucos ônibus, alguns sem nem ar-condicionado. Agora vai ser cobrada a tarifa, uma taxa de R$ 5,00, bem mais cara do que a de Palmas, que tem ônibus bem climatizados, que percorrem distâncias muito maiores e saem a R$ 3,85. Isso não pode continuar. Se for para fazer melhorias, uma tarifa temporária a R$ 4,00 já resolveria o problema, mas uma taxa fixa mais cara que a da capital do estado, é indefensável”, concluiu.