O adiamento do Carnaval por causa da pandemia do novo coronavírus tirou de muitas cidades brasileiras uma das principais fontes de receita, relacionadas com os gastos de turistas. Mas um levantamento recém-concluído aponta um crescimento expressivo das receitas de todo o varejo, reforçando a tese de que os feriados deixam de fazer a roda da economia girar.
Os dias que seriam de festa neste ano, de 13 a 16 de fevereiro, registraram aumento de 32,8% no faturamento das vendas do varejo na comparação com os mesmos dias de Carnaval no ano passado. Os dados são da Rede, empresa de meios de pagamentos — e maquininhas — do maior banco do país, o Itaú Unibanco.
As maiores altas ocorreram na segunda-feira, dia 15, e na terça-feira (16), com crescimento de 40% e 72%, respectivamente.
No acumulado dos quatro dias que estavam previstos para o Carnaval, os setores com maior alta no faturamento foram:
- Saúde: +175,3%
- Educação: +143,1%
- Materiais de Construção: +92,9%
- Serviços Automotivos: +85,9%
- Livrarias: +70,3%
- Pet shop: +56,3%
Na análise dos números contando apenas o comércio eletrônico, o crescimento do faturamento do varejo foi ainda maior no período que seria destinado para o Carnaval em 2021, especialmente entre pequenos e médios varejistas.
Houve um aumento de 176% no faturamento registrado a partir das vendas on-line em relação ao mesmo período de 2020. Assim como no varejo em geral – presencial e virtual –, as maiores altas ocorreram na segunda e na terça-feira, respectivamente, com aumentos de 277% e 230%.
“Os pequenos e médios varejistas adotaram o e-commerce de maneira permanente para impulsionar os negócios e mantiveram as vendas on-line em alta até durante carnaval”, disse Rodrigo Carneiro, diretor da Rede.