Carlos Alberto Decotelli será o novo ministro da Educação do Brasil. O anúncio foi feito nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 25, e oficializado em seguida em edição extra do Diário Oficial da União.
Decotelli foi presidente entre fevereiro e outubro de 2019 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), principal autarquia do MEC responsável pela educação básica. Depois, assumiu a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), também no MEC.
Ele já havia atuado na área de educação durante a transição de governo de Bolsonaro em 2018 e será o único negro entre 23 ministros.
A nomeação de Decatelli para o MEC foi vista como um gesto aos militares, já que ele é reservista da Marinha e atuou como professor e coordenador na Escola de Guerra Naval (EGN).
Ele é o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro e entra no lugar de Abraham Weintraub, que foi exonerado na semana passada e deixou o país em meio a um controverso processo de nomeação para o Banco Mundial e processos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes disso, Ricardo Veléz também teve uma passagem turbulenta à frente do MEC, uma das pastas onde há mais disputa de influência pelos defensores das ideias do filósofo Olavo de Carvalho.
Em uma entrevista para O Globo logo após a nomeação, Decatelli prometeu uma gestão técnica e pautada pelo diálogo: “Eu não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica”.