Quais os protocolos na posse de Fux e por que não impediram contaminações

A posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, pode ter virado um centro de contágio da covid-19 entre o alto escalão de Brasília. O caso mais recente foi o procurador-geral da República, Augusto Aras, que confirmou nesta quinta-feira, 17, que está com a doença.

Com a confirmação de Aras, pelo menos seis autoridades que acompanharam a cerimônia de posse já tiveram diagnóstico positivo para o novo coronavírus. O próprio Fux e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também estão com covid-19.

Após os resultados das autoridades, o STF alertou os convidados em comunicado hoje. A posse aconteceu há uma semana, no dia 10 de setembro. A Corte disse ainda que todas as medidas de segurança foram tomadas e que vai aplicar testes em seus servidores.

Foram 50 convidados na posse, 20% da capacidade do espaço do plenário do STF, e obrigatoriedade de uso de máscaras. Todos os presentes foram submetidos a medição de temperatura, e havia pontos de álcool em gel no salão.

Na bancada dos ministros e na mesa de honra, foram instaladas placas de acrílico para garantir distanciamento entre os presentes. Ainda assim, fora do salão onde houve a cerimônia, também houve aglomeração, incluindo de assessores de ministros.

Além dos cuidados tomados na organização da cerimônia, ainda não é possível afirmar se foi a cerimônia do STF a responsável pelo contágio.

Como é comum em Brasília, outros eventos aconteceram nos últimos dias, incluindo encontros após a posse, que incluíram contato mais próximo entre as autoridades — e, possivelmente, sem garantia de distanciamento. Um dia antes da posse, houve pelo menos um encontro na casa de Rodrigo Maia, além de um casamento ao qual autoridades estiveram presentes no último fim de semana.

Apesar disso, o STF afirmou na nota divulgada hoje que estuda procedimentos para reforçar os protocolos de segurança em suas instalações.

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