Pré-candidata a prefeitura da capital propõe que os candidatos à presidência do PreviPalmas sejam servidores concursados da prefeitura indicados por lista tríplice.
“Mais um escândalo envolvendo o Instituto de Previdência da Prefeitura de Palmas, o PreviPalmas. Mais uma operação da Polícia Federal que se soma também aos escândalos do Igeprev no passado. Eu quero resgatar a confiança dos servidores no sistema previdenciário municipal” , destacou a pré-candidata à prefeitura de Palmas, Janad Valcari (PL), ao se comprometer a nomear apenas servidores de carreira para a presidência do Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PreviPalmas). O vídeo foi divulgado nas redes sociais da pré-candidata na manhã desta quarta-feira, 29. Veja.
Janad explicou que quer transformar a gestão do PreviPalmas em um modelo de transparência e eficiência para garantir o futuro dos servidores do município e a proteção dos seus direitos. Ela afirma que após conversar com especialistas e servidores chegou a conclusão de que “a única forma de proteger o dinheiro da previdência dos servidores é colocando os próprios servidores para cuidar dele”. Segundo Janad, o concurso público para o quadro de servidores do instituto será uma das primeiras medidas a serem implementadas, uma vez que até hoje nenhum concurso foi realizado para esta finalidade.
“Minha mãe é professora concursada aposentada, eu sei o quanto o servidor sonha com a sua aposentadoria e o quanto ele depende dela. Por isso estou assumindo aqui o compromisso de colocar somente servidores de carreira para presidir o PreviPalmas. Vou escolher um nome entre uma lista tríplice indicada pelas entidades que representam os servidores”, afirmou Janad ao enfatizar a necessidade de dar autonomia ao órgão para que opere de forma independente e livre de interferências políticas.
Ela reforçou que o presidente do PreviPalmas será um servidor concursado do quadro da prefeitura que atenda aos requisitos da Portaria SEPRT/ME n° 9.907, de 14 de abril de 2020, que inclui ter formação em nível superior e comprovar experiência mínima de dois anos nas áreas financeira, administrativa, contábil, jurídica, fiscal, atuarial e em auditoria. O servidor indicado à lista também precisa ser ficha limpa e apresentar certificados de habilitação para investimentos, garantindo que apenas indivíduos altamente qualificados e éticos estejam à frente da gestão dos recursos previdenciários.
As propostas surgem em um contexto de grande desconfiança e insatisfação dos palmenses, especialmente após a Operação Moiras, que apontou o ex-prefeito Carlos Amastha supostamente como coordenador de um esquema de investimentos fraudulentos no PreviPalmas. A investigação, conduzida pela Polícia Federal e autorizada pela 4ª Vara Federal Criminal, resultou em 27 mandados de busca e apreensão em seis estados, revelando um esquema de fraudes em investimentos em fundos sem liquidez que somam prejuízos de mais de R$74 milhões aos cofres públicos.
Janad ainda recordou as operações Miqueias e Naum da Polícia Federal que apuram o desvio de mais de R$263 milhões do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev).