Em entrevista Adoniram da empresa Grandtec, fala com exclusividade ao portal EconomiaBR do Tocantins, sobre o mercado do agronegócio, falando sobre o panorama do estado e do Brasil.
O empresário do agronegócio, colocar com clareza e com muita sensibilidade um mercado promissor, mas com muita cautela, pelo momento atual, mas e mostra muito entusiasmado com o crescimento do setor.
1- O setor de maquinários da Grandtec voltados para o agronegócio é bastante concorrido e disputado por grandes montadoras. Que benefícios um cliente tem ao comprar um equipamento da Case?
Além do cliente comprar os melhores produtos do mercado, vão ter o melhor pós-vendas do Tocantins. O cliente vai conseguir comprar custo benefício, equipamentos de primeiro mundo e atendimento.
2- Estamos vivendo um momento impar com o advento do COVID-19, qual sua opinião sobre este vírus, no aspecto da sua influência da vida de todos, com destaque para área econômica e no seu setor?
Em nosso setor acredito que vamos ser os últimos a serem afetados, porque o Agro não pode parar, se não, não teremos alimentos para todos. Hoje no estado tivemos uma produção média para boa de soja e os preços de soja e milho praticados ainda estão atrativos por este motivo os produtores precisam renovar seus parques de máquinas e também aumentar suas áreas de plantio e o nosso setor que é de máquinas vem andando até o presente momento.
3- Da vasta gama de produtos comercializados qual o item que está tendo mais saída neste momento de pandemia e por quê?
Neste momento estamos vendendo mais Tratores e Pulverizadores, neste período do ano são os produtos que por natureza vendem mais, porque os próximos passos são plantar e pulverizar a partir de outubro.
4- Qual é a sua avaliação referente a política econômica do estado e do Brasil, para estimulo ao agronegócio?
Quanto ao estado, acho que estamos abandonados e todo o momento surgindo taxas novas para a Agricultura e também a pecuária, temos que lembrar as lideranças que o que move a economia do estado é o Agro e por isso precisamos de mais incentivos e investimentos para não quebrar o ciclo produtivo.
Quanto ao Brasil, na minha visão passa por turbulências em todos os setores e isso gera muitas incertezas para todos nós. A ministra tem boas ideias mas está difícil implantar pelo caos politico instalado mas uma coisa é certeza o único setor que gera PIB positivo é o Agro e por tanto é o que deve ter a atenção e incentivo do Governo.
5- Como funciona o pós-venda e a manutenção dos produtos da Grandtec?
Temos 4 concessionárias no estado e isso nos dá uma logística muito boa de distribuição de peças para os produtores e temos muitos técnicos em regiões estratégicas para atender o mais rápido possível e da melhor forma.
Temos vários planos de manutenção que os clientes podem adquirir para que de forma preventiva façam sues diagnósticos e revisões antes do equipamento apresentar algum problema na hora de trabalhar. Porque nosso lema é “Só é bom para a Grandtec. Se for bom para o cliente”
6- Como o senhor analisa o cenário do agronegócio para os próximos meses?
Acredito que vai ser um cenário de precaução, temos as commodities em um bom preço mas a instabilidade do dólar pode afetar todos os produtores na próxima safra, principalmente que ainda não comprou semente, adubo e defensivos que são todos dolarizados.
Para quem já comprou a relação custo sacas/hectares ficou em um bom preço e temos contratos futuros atrativos mas a preocupação já esta na safra 2021/2022, mas tudo vai depender do dólar.
Em meio a pandemia é bom ter cuidado e manter um caixa saudável.
7- O que poderia ser feito por todos os entes de governo, para estimular o mercado do agronegócio em especial na área da Grandtec?
- Malha ferroviária completa, assim a safra escoaria com muito mais rapidez e desafogarias os armazéns e caminhões que sofrem todos os anos na safra.
- Taxas baixas e únicas sobre os produtos, assim todos contribuíram com o governo e vai desenvolver bem mais o estado.
- Estradas, isso daria uma logística fantástica para o estado e valorizaria o nosso produto.
- Baixar o ICMS, nossa contribuição é alta e impacta diretamente em nossos resultados como empresa.
- Flexibilizar as leis para abertura de áreas para plantio de soja e pecuária, temos um enorme potencial de produção e não estamos aproveitando.
- Ouvir os produtores e empresários.
8- Quais os planos da empresa para os anos de 2020 em tempo de pandemia e 2021?
Focar no pós-vendas que vai ser nossa principal bandeira em 2020 e a partir de 2021 expandir para novas cidades para ficar mais perto dos produtores e pecuaristas.
9- Como o senhor avalia a última Agrotins que foi totalmente digital e ainda comparando com a presencial?
A presencial é incomparável, temos o olho no olho que para a Grandtec é muito importante, a Agrotins digital pela situação foi valida e sempre é bom testar as tecnologias, mas não tem comparação que tire a minha preferência pela presencial.
10- Qual sua mensagem aos empresários neste momento tão emblemático para os entes envolvidos no agronegócio Tocatinense.
Precaução com cada um e suas famílias, e ficar de olho no mercado porque é em ano de crise que podem aparecer boas oportunidades. No mais manter um fluxo de caixa saudável para que na retomada começamos fortes.
11- Como a senhor avalia a importância do PORTAL ECONOMIABR o portal que mais cresce no Tocantins, como instrumento de informação e debate, sendo o elo entre sociedade e as instituições, levando uma informação isenta aos 139 municípios?
Nós precisávamos deste tipo de portal de notícias, para levar informações concretas sobre muitos setores, debater com clareza as dificuldades e o que é mais importante seriedade no que faz. Não é influenciado por politica e nos traz a realidade do dia a dia.