O novo sistema de transações instantâneas do Banco Central, o Pix passou com sucesso pelas suas primeiras 24 horas contínuas, segundo o Banco Central.
No primeiro dia inteiro de funcionamento do sistema — até aqui, o Pix só poderia ser usado em horários específicos —, foram registradas mais de 57.000 transações. A partir de 16 de novembro, o sistema passa a funcionar sem restrições ou interrupções, para toda a população brasileira.
O diretor do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, que cuida do setor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, classificou o desempenho do Pix na segunda-feira como “sucesso estrondoso” e completou:
“É um volume muito significativo para ambiente de testes. Não teríamos levado à cabo o processo sem confiança na capacidade tecnológica das contrapartes privadas”
O diretor ainda falou sobre a segurança do sistema, um dos temores dos clientes, segundo as pesquisas recentes. Para ele, não há diferença entre os sistemas que já estão em vigor, como cartões de crédito, cartões débito, DOC, TED e o Pix:
“No Pix, no geral, vai ocorrer em um ambiente logado (celular), que conta com identificação biométrica, entre outras ferramentas de segurança. Todos os usuários quando fazem compra online devem tomar os mesmos cuidados com o Pix ou com TED, por exemplo”.
Além disso, Pinho de Mello defende que os bancos “estão prontos” para oferecer segurança contra fraudes no sistema:
“Os bancos estão preparados para lidar com as questões de fraudes no Pix, e este ainda conta com camadas adicionais de segurança, como ao mandar os recursos aparece os dados do recebedor para ter certeza da operação. Mas sempre vale a recomendação de ter atenção no momento de transação”.
O diretor do BC também descartou a ideia disseminada na mídia de que o Pix vai acabar com os sistemas TED e DOC, dizendo que o Pix tampouco vai impactar gravemente nas receitas dos bancos:
“Não acredito que o Pix vai acabar com TEDs e DOCs. O objetivo do Pix é substituir transações em dinheiro e transferências de menor valor. O Pix deve ter um impacto mais limitado do que se especula nas receitas de tarifas dos bancos”.