Pessoas físicas aumentam a aposta e investem R$ 6 bilhões na bolsa em queda

Marcado pelo risco fiscal, o Ibovespa, principal índice da B3encerrou o mês de setembro em baixa de 4,8%, confirmando a segunda queda mensal consecutiva. Apesar das perdas, dados da B3 revelam que as pessoas físicas compraram 5,9 bilhões de reais em ações a mais do que venderam entre o início do mês e o dia 28, enquanto estrangeiros e fundos venderam, juntos, 7,4 bilhões de reais a mais do que compraram.

“As pessoas físicas adoram quando a bolsa cai porque acham que ficou barato. Há o sentimento de oportunidade”, afirma Pedro Lang, diretor de renda variável da Valor Investimentos.

Parte do manual de como investir em ações, as quedas são tidas como os melhores momentos para aumentar exposição em bolsa, mas eventos de risco no radar, como eleições americanas, segunda onda de coronavírus e incertezas fiscais, ligam o sinal de alerta, avalia Paloma Brum, analista da Toro Investimentos.

“Os investidores institucionais e estrangeiros montam posições mais estratégicas, já se adiantando a acontecimentos futuros. Por mais que muitos tenham entrado no timing certo, outros estão chegando sem o nível de conhecimento necessário e tomando posição sem conhecimento de que o risco está muito maior”, afirma Brum.

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