O início da vacinação em massa contra o novo coronavírus traz junto um novo ramo de negócios a ser explorado: a dos aplicativos que vão servir como atestado de comprovação de quem já foi vacinado. É o que conta o The New York Times neste domingo, 13.
Por um lado, o passaporte da vacinação — como está sendo chamado — deve ajudar na retomada de algumas atividades que exigem maior assertividade quanto à segurança de seus usuários. É o caso da indústria do transporte aéreo, na medida em que a liberação de passageiros pode ser condicionada ao “carimbo verde” de quem foi vacinado.
Algumas das maiores companhias aéreas do mundo, como as americanas United e JetBlue, a alemã Lufthansa, a inglesa Virgin e a suíça Swiss pretendem utilizar um aplicativo que funcionará como um passaporte da vacinação, contendo tanto resultados de testes para o novo coronavírus como de vacinação para a imunização contra a doença.
Esse passaporte estaria integrado com o app CommonPass para criar uma espécie de rede global de informações de saúde em conjunto com aeroportos, outras companhias aéreas e até governos nacionais. O CommonPass é uma iniciativa que conta com o envolvimento do Fórum Econômico Mundial.
Teatros, cinemas e casas de shows, escolas e universidades e até empregadores poderiam em tese passar a exigir tal passaporte — com o devido atestado de vacinação contra a covid-19 — para liberar a admissão, em nome da prevenção dos demais usuários na pandemia, em caráter excepcional.
A eventual segregação — que ainda não passa de conjectura –, por outro lado, poderia ser questionada na Justiça, uma vez que não existe hoje jurisprudência para barrar a entrada de pessoas em locais privados ou em meios de transporte com base na ausência de tais atestados.