O que a ciência sabe sobre os casos de reinfecção por covid-19

Na última semana foi confirmado o primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus no mundo em Hong Kong, na China. Desde então, outras reinfecções têm surgido e criam mais uma dúvida na cabeça dos cientistas.

A covid-19, tão imprevísivel agora quanto era há seis meses, continua sendo um ponto de interrogação. Se até abril a ciência ainda esperava que a nova doença respiratória, assim como suas antecessoras causadas por um coronavírus, deixasse uma autoimunidade duradoura (de pelo menos anos ou meses), as novas descobertas sobre as reinfecções ao redor do mundo podem colocar as hipóteses por terra.

Em Nevada, nos Estados Unidos, um caso similar colocou à prova a teoria. Isso porque um homem de 25 anos contraiu a covid-19 em março, melhorou em abril, e ficou doente de novo em maio — a segunda infecção causou sintomas ainda mais intensos e fez com que ele fosse internado.

Outros dois casos podem ter sido identificados na Europa, segundo a mídia local. Cientistas apontaram que um paciente foi reinfectado na Bélgica, enquanto outro teve o mesmo diagnóstico na Holanda. O holandês, um idoso, tinha um sistema imunológico enfraquecido.

No começo deste mês, a Universidade de São Paulo (USP) apontou o primeiro caso de reinfecção por covid-19 no Brasil, quando uma técnica de enfermagem de 24 anos teve dois testes positivos para a doença em um intervalo de 50 dias.

Apesar disso, o único quadro de reinfecção confirmado cientificamente foi o de Hong Kong. O caso foi observado em um homem de 33 anos que teve a segunda infecção pelo vírus confirmada em um aeroporto ao voltar para Hong Kong de uma viagem à Europa. Para chegar à conclusão de que ele havia sido infectado duas vezes por duas cepas diferentes do SARS-CoV-2, os pesquisadores da Universidade de Hong Kong usaram a sequência genômica.

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