O levantamento no banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), pela Associação Comercial e Industrial de Araguaína (ACIARA), mostrou que no mês de novembro houve uma queda de 51.32% no número de registro de novos devedores, comparado ao mesmo período de 2019.
Isso reflete uma forte queda da inadimplência no comércio de Araguaína.
Os números também são positivos quando a comparação é com o mês de outubro de 2020. A queda foi de quase 20% de novos registros. “Muitas empresas costumam fazer aquela operação “limpa gaveta” ciclicamente. Como são redes de lojas, elas acabam influenciando muito nesse resultado, mas caiu significativamente o número de novos devedores no banco de dados do SPC”, ressaltou o diretor do SPC da ACIARA, José Alberto Luna.
Nome limpo
Muita gente também aproveitou o mês de novembro para tirar o nome da lista do SPC. Foram 13.75% a mais de clientes que quitaram suas dívidas na comparação com outubro, embora o número tenha sido menor que o registrado em novembro de 2019. Levando em consideração a pandemia da covid-19, que gerou uma retração na economia, os dados são positivos no contexto geral. Isso amplia o universo de clientes aptos a comprar, abrir crediário e até se planejar para as compras de Natal.
Comércio aquecido
A procura por crédito no comércio de Araguaína tem como principal termômetro, as consultas realizadas junto ao SPC. Isso significa que quanto mais consultas, mais gente no comércio desejando comprar. Novembro registrou um aumento de 5.5% pela procura por crédito na comparação com outubro. “Esse crescimento, muito provavelmente, foi puxado pelo movimento da Black Friday, que tem se tornado cada vez mais forte no nosso mercado local, encontrado uma boa ressonância, sido expressivo, refletindo o movimento do comércio”, explicou Luna.
Um outro dado que chamou atenção no mês de novembro é que apesar da pandemia, a procura por crédito ficou tecnicamente empatada com o mesmo período de 2019. No ano passado foram 48.435 consultas enquanto que este ano, novembro registrou 48.441 consultas, ou seja, um crescimento de 0,01%. Para Alberto Luna, o auxílio emergencial do Governo Federal ajudou a manter o comércio aquecido. “Ano passado não tínhamos o problema da pandemia, então o fato de termos feito a mesma quantidade, praticamente, de consultas, mostra que o nosso comércio está reagindo bem. Obviamente, com auxílio emergencial, o comércio recebeu um gás extra. O dinheiro injetado no mercado significa que movimentou bem as vendas”, destacou o diretor.
Nessa reta final, de um ano de incertezas, os números mostram que os consumidores estão mais confiantes em tomar crédito e fazer negócios. “Isso é muito importante para a economia quando os clientes estão confiantes no mercado. Temos visto que tem havido desabastecimento devido a demanda ter sido muito alta. Muitas indústrias não conseguem suprir as necessidades das lojas e reabastecer em tempo. Muitos pedidos têm demorado 30 dias, 60 dias e até 120 dias para serem entregues. Isso mostra uma reação positiva no mercado e os números do SPC estão confirmando isso”, concluiu Luna.